Investing.com - A Alphabet (NASDAQ:GOOGL), empresa controladora do Google, divulgou na última terça-feira resultados financeiros do segundo trimestre fiscal que superaram a maioria das expectativas dos analistas.
A empresa registrou um lucro por ação (LPA) de US$ 1,89, ligeiramente acima da estimativa consensual de US$ 1,83. A receita do trimestre alcançou US$ 84,74 bilhões, também superando a projeção média dos analistas de US$ 84,16 bilhões.
Esse excelente resultado deveu-se principalmente aos sólidos desempenhos dos serviços de buscas e nuvem do Google. O segmento de nuvem superou a marca de US$ 10 bilhões em receita trimestral pela primeira vez, contribuindo significativamente para o aumento de 14% na receita em comparação ao mesmo período do ano anterior.
O CEO da Alphabet, Sundar Pichai, atribuiu o sucesso do trimestre à "continuidade da força na Pesquisa e ao impulso na Nuvem", ao mesmo tempo em que ressaltou os avanços da empresa em inteligência artificial (IA) e liderança em infraestrutura.
A receita de publicidade do Google foi de US$ 64,62 bilhões, ligeiramente acima dos US$ 64,53 bilhões previstos. Contudo, a receita de anúncios do YouTube ficou abaixo das expectativas, registrando US$ 8,66 bilhões, contra os US$ 8,95 bilhões estimados.
A margem operacional da empresa foi de 32%, um pouco acima da previsão de 31,8%. Os gastos de capital da Alphabet foram de US$ 13,19 bilhões, superiores aos US$ 12,23 bilhões previstos, impulsionados por investimentos contínuos em seus negócios principais e emergentes.
Comentários dos analistas após os resultados do segundo trimestre
Confira a seguir comentários de alguns analistas de Wall Street sobre os resultados da gigante da tecnologia:
Evercore ISI: "Reiteramos nossa classificação de ‘outperform’ [acima da média] no GOOGL após os resultados levemente superiores do LPA no 2º tri, mantendo nosso preço-alvo (PA) em US$ 225. A expectativa era alta para a GOOGL neste trimestre e foi amplamente atendida — forte crescimento da pesquisa, aumento da margem operacional e aceleração do crescimento da nuvem. As únicas ressalvas foram: a) a receita menor do YouTube Ads, embora a desaceleração no crescimento possa ser amplamente explicada por comparações mais desafiadoras; e b) comentários limitados sobre a margem operacional do terceiro trimestre, embora vejamos isso principalmente como uma questão de timing do lançamento do Pixel, continuando a acreditar que a GOOGL está em uma trajetória de expansão de margem."
Citi: "Com um crescimento da receita de buscas de cerca de 14% ao ano, aceleração do crescimento da receita do Google Cloud para +29% ao ano, e expansão das margens de 310 bps ao ano, saímos do segundo trimestre mais positivos em relação às ações da Alphabet."
Bank of America (NYSE:BAC): "Os resultados sólidos de buscas e nuvem do segundo trimestre reforçam nossa visão de que o Google é um beneficiário líquido da IA, enquanto a forte disciplina de gastos prepara o segundo semestre para margens anuais robustas."
Wedbush: "O Google continua a se afirmar como um dos principais beneficiários da IA, com a administração encorajando a adoção dos recursos de pesquisa de IA pelos consumidores e a demanda corporativa por agentes de IA e outros serviços na nuvem."
JPMorgan (NYSE:JPM): "Acreditamos que os fortes resultados do Google no segundo trimestre, aliados a comentários positivos sobre as perspectivas gerais de IA, devem aliviar as preocupações de curto prazo sobre a participação de mercado e a concorrência."
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