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ABERTURA: Futuros do Ibov seguem exterior e têm ganhos após novo corte da Selic

Publicado 06.02.2020, 09:02
Atualizado 06.02.2020, 09:03
ABERTURA: Futuros do Ibov seguem exterior e têm ganhos após novo corte da Selic
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Por Gabriel Codas

Investing.com - O índice futuro do Ibovespa inicia a jornada desta quinta-feira com valorização de 0,53% aos 117.000 pontos, com o dólar praticamente estável a R$ 4,2352. A cena externa positiva favorece os negócios com a China cortando tarifas de importações dos EUA, com o mercado também reagindo a decisão de ontem do Copom e a uma sinalização do possível fim do ciclo de queda dos juros. Os balanços das companhias também merecem atenção dos investidores.

- Cenário Interno

Selic

O Banco Central reduziu nesta quarta-feira a Selic em 0,25 ponto percentual à nova mínima histórica de 4,25% ao ano, e indicou expressamente o fim do atual ciclo de cortes na taxa básica de juros, em meio à leitura de que os ajustes já feitos ainda vão surtir efeito na economia.

A decisão vem após outros quatro cortes feitos na Selic anteriormente, de 0,5 ponto cada, a partir de julho do ano passado. Também veio acompanhada de uma piora na avaliação sobre as medidas de inflação subjacente —os núcleos de inflação, que desconsideram os preços mais voláteis. Segundo o Copom, elas encontram-se em “níveis compatíveis com o cumprimento da meta de inflação”. Antes, o BC considerava que eles estavam “confortáveis”.

“O Copom entende que o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela na condução da política monetária. Considerando os efeitos defasados do ciclo de afrouxamento iniciado em julho de 2019, o Comitê vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária”, afirmou o BC, em comunicado.

“O Comitê enfatiza que seus próximos passos continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação, com peso crescente para o ano-calendário de 2021”, acrescentou, indicando que mira com cada vez mais atenção o próximo ano.

Desemprego

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) começou o ano em seu maior nível desde abril do ano passado, apontando para uma recuperação gradual do mercado de trabalho brasileiro, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, avançou 2,4 pontos em janeiro, a 92,3, seu maior nível desde abril de 2019, quando registrou 92,5 pontos.

“O IAEmp volta a apresentar resultado positivo, seguindo a tendência dos últimos meses de 2019. Os avanços recentes sugerem que as perspectivas estão se tornando mais favoráveis para o mercado de trabalho nos próximos meses, ainda que de forma gradual”, apontou em nota o economista Rodolpho Tobler.

Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que capta a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, caiu 2,8 pontos em janeiro, a 92,5 pontos, menor nível desde fevereiro do ano passado. O comportamento do ICD é semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado.

- Cenário Externo

China

A China afirmou na quinta-feira que irá cortar pela metade tarifas adicionais aplicadas a 1.717 produtos dos Estados Unidos no ano passado, após a assinatura da Fase 1 do acordo que garantiu uma trégua na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Embora o anúncio retribua ao compromisso dos EUA segundo o acordo, também é visto por analistas como uma ação de Pequim para ampliar a confiança em meio ao surto de vírus que afetou as empresas e o sentimento do investidor.

Jogando dúvidas sobre o cenário imediato, entretanto, está a perspectiva levantada na mídia local de que Pequim pode invocar uma cláusula relacionada a desastres no acordo comercial, o que pode permitir que evite repercussões mesmo se não conseguir cumprir totalmente o objetivo de compras de produtos dos EUA e serviços para 2020.

O Ministério das Finanças da China afirmou em comunicado que, a partir das 2h01 (horário de Brasília) de 14 de fevereiro, tarifas adicionais aplicadas sobre alguns produtos serão cortadas de 10% para 5% e outras de 5% para 2,5%.

O ministério não informou o valor dos produtos afetados pela decisão, mas os produtos que se beneficiam da nova regra fazem parte dos 75 bilhões de dólares em produtos que a China anunciou no ano passado que receberiam tarifas de 5% a 10%, o que entrou em vigor em 1 de setembro.

Em comunicado separado, o Ministério das Finanças disse que as reduções das tarifas correspondem àquelas anunciadas pelos EUA sobre os produtos chineses, que também estão programadas para 14 de fevereiro.

Zona do euro

O crescimento da zona do euro permanece modesto, mas há sinais de estabilização ainda que o surto de coronavírus na China ofusque o horizonte, disse a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, em uma audiência parlamentar nesta quinta-feira.

O BCE tem mantido a política monetária extremamente frouxa há anos para impulsionar o crescimento, e Lagarde disse que esse apoio ainda é necessário para proteger o bloco cambial dos obstáculos globais.

“Embora as incertezas em torno do ambiente econômico global continuem elevadas, aquelas relacionadas às tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China estão diminuindo”, disse Lagarde em comentários que refletem amplamente as declarações anteriores do BCE.

BOLSAS INTERNACIONAIS

Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 2,38%, a 23.873 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 2,64%, a 27.493 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 1,72%, a 2.866 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 1,86%, a 3.899 pontos.

As bolsas europeias registram ganhos na parte da manhã desta quinta-feira. Em Frankfurt, o DAX soma 0,65% aos 13.566 pontos, enquanto que em Londres, o FTSE avança 0,39% aos 7.511 pontos. Já em Paris, o CAC tem ganhos de 0,68% aos 6.026 pontos.

COMMODITIES

Após três sessões consecutivas de perdas após o feriado do Ano Novo Lunar, a quinta-feira foi marcada por valorização nas cotações dos contratos futuros do minério de ferro, transacionados na bolsa de mercadorias da cidade de Dalian. O ativo com o maior volume financeiro, com data de vencimento para maio deste ano, somou 0,94% a 590 iuanes por tonelada, o que representa ganhos de 5,50 iuanes em relação aos 584,50 iuanes por tonelada da véspera.

Da mesma forma, os preços dos papéis futuros do vergalhão de aço, negociados na também chinesa bolsa de mercadorias da Xangai, tiveram ganhos. O contrato de maior liquidez, para maio de 2020, somou 4 iuanes para 3.3304 iuanes por tonelada, enquanto que o de outubro, segundo em volume, ganhou 27 iuanes para 3.319 iuanes por tonelada.

O dia também é de avanços para o petróleo nos mercados internacionais. O barril do tipo Brent, de Londres, soma 0,20%, ou US$ 0,11, a US$ 55,39, enquanto que em Nova York, o WTI ganha 0,89%, ou US$ 0,45, a US$ 51,20.

MERCADO CORPORATIVO

- Oi (SA:OIBR3)

A operadora de telecomunicações Oi (OIBR3 (SA:OIBR3).SA) divulgou no final da quarta-feira que contratou o Lazard como seu assessor financeiro, para prospectar e estruturar operações que envolvam alternativas que assegurem seu plano de investimentos e a aceleração da expansão dos seus projetos em fibra.

“Lazard e Bank of America Merrill Lynch, que continua em paralelo também apoiando a Oi (SA:OIBR3) nos processos de alienação de determinados ativos non-core,... atuarão de forma coordenada na avaliação de alternativas estratégicas envolvendo fibra e outros ativos da Oi”, disse a companhia em comunicado ao mercado.

A Oi (SA:OIBR3), que está em recuperação judicial, acrescentou que a iniciativa está alinhada ao objetivo de aprofundar a transformação estratégica, operacional e financeira da empresa.

- Petrobras (SA:PETR4)

A oferta secundária de ações ordinárias da Petrobras (SA:PETR4) em poder do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) saiu a 30 reais por papel, disseram duas fontes com conhecimento do assunto.

Com a venda de lotes adicionais, a operação total movimentou 22 bilhões de reais, informaram as fontes. O preço de venda saiu com desconto de 1,6% em relação ao preço de fechamento da ação no pregão desta quarta-feira da B3, a 30,48 reais cada.

Isa Cteep

A transmissora de energia Cteep, controlada pela colombiana Isa, quer entrar em um novo segmento de negócios no Brasil, o armazenamento de energia por meio de baterias, e tem conversado com membros do governo e reguladores sobre como viabilizar projetos com a tecnologia, disse à Reuters um executivo da empresa.

O interesse pelo setor, que ainda precisa ser regulamentado no Brasil, ocorre em momento de forte crescimento no país das usinas eólicas e solares, fontes que ofereceriam oportunidades para o uso de baterias por terem geração intermitente, variando de acordo com o clima.

Além disso, a Cteep busca expandir a atuação para outra área em meio à recente intensificação de seus investimentos no país, onde a empresa é a segunda maior operadora de linhas de transmissão, atrás apenas da estatal Eletrobras (SA:ELET3).

A Cteep somou aportes de mais de 500 milhões de reais nos primeiros nove meses de 2019, expansão de 55% frente a 2018. A empresa também foi a principal vencedora de um leilão de projetos de transmissão realizado pelo governo em dezembro, ao arrematar concessões que exigirão 1,3 bilhão de reais nos próximos anos.

- Engie (SA:EGIE3)

O conselho de administração da francesa Engie (SA:EGIE3) vai decidir na quinta-feira se Isabelle Kocher deve ser mantida como presidente-executiva da companhia, em meio a uma disputa que ganhou a arena política na França e tende a levar à saída da CEO, segundo duas fontes.

Kocher se tornou a única mulher no comando de uma grande empresa francesa há quatro anos, mas seu mandato esteve longe de ser tranquilo, com discussões anteriores sobre se ela também assumiria a presidência do conselho da companhia e desentendimentos em relação à estratégia para a elétrica.

Agora, a definição sobre o futuro da executiva ganhou também um viés político— nomes como a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, foram a público para defender Kocher, enquanto o governo francês, que detém 24% da Engie (SA:EGIE3), terá um papel-chave na decisão final.

O governo da França confirmou nesta quarta-feira que a Engie (SA:EGIE3) terá uma reunião extraordinária de conselho em 6 de fevereiro.

O cargo de Kocher estará na pauta da assembleia, de acordo com uma fonte próxima ao conselho, acelerando um processo que a empresa esperava enfrentar mais adiante. A Engie (SA:EGIE3) publicará seu balanço no final do mês e o atual mandato de Kocher expira em maio.

- Carne Bovina

As exportações de carne bovina do Brasil para a China cresceram 126% em janeiro na comparação com igual período do ano passado, somando 53,2 mil toneladas, disse a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) nesta quarta-feira.

O volume embarcado ao país asiático puxou a alta de 9,84% registrada nas exportações totais do mês, que atingiram 135.375 toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Abiec.

“É um resultado positivo e que vai de encontro com as nossas estimativas de crescimento para este ano”, disse em nota o presidente da Abiec, Antônio Jorge Camardelli —em dezembro, a associação projetou para 2020 um aumento de 13% nas exportações brasileiras do produto.

Em termos de faturamento, o avanço nas vendas para a China foi de 200%, para 322,8 milhões de dólares, enquanto a receita geral registrou alta de 37,9%, chegando a 633,25 milhões de dólares.

AGENDA DE AUTORIDADES

- Jair Bolsonaro

Na agenda do presidente da República para a quinta-feira constam apenas dois compromissos na parte da tarde, sendo duas reuniões com o ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Wagner Rosário (CGU).

- Paulo Guedes

O ministro da Economia deverá dedicar o dia apenas para despachos internos em seu gabinete em Brasília.

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