Por Alessandro Albano, do Investing.com Itália
Investing.com - Apesar de algumas tentativas de recuperação, como a de terça-feira, as ações globais estão vendo uma queda substancial nos preços, que começou com a acentuada reprecificação das ações de tecnologia dos EUA que entraram principalmente nos mercados de baixa.
"Gigantes como Apple (SA:AAPL34)(NASDAQ:AAPL), Visa (SA:VISA34) (NYSE:V), Nvidia (SA:NVDC34)(NASDAQ:NVDA) e Walmart (SA:WALM34)(NYSE:WMT), cada um 'queimaram' cerca de US$ 450 bilhões em valor, reduzindo significativamente sua capitalização de mercado. deu mais um choque ao mercado em um contexto geopolítico e macroeconômico já complicado, gerando desconfiança nos investidores: apenas 24% do mercado tem uma visão otimista em relação às ações globais, o menor percentual desde 1987 ", escreve em relatório Marco Oprandi, Head de Cross Asset Solutions na Cirdan Capital.
A maior saída de capitais do mercado de ações de 2022 ocorreu na semana passada. O S&P 500 caiu 17,5% nos primeiros 91 pregões de 2022, "o pior desempenho desde 1932 até hoje", lembra. o desempenho negativo do mercado norte-americano "está despertando o interesse de muitos investidores atraídos justamente por essas quedas".
"O volume de capital investido no S&P500 está aumentando para um valor de US$ 1,4 trilhão comprado nos ETFs vinculados ao S&P500 com um preço médio de entrada no índice de nível 4,163 nas últimas 74 semanas. Enquanto os desinvestimentos totalizam 34, bilhões , número bem inferior ao das entradas de caixa”, explica o gerente da Cirdan.
Segundo a financeira, é "exatamente a diferença entre investimentos (US$ 1,4 trilhão) e desinvestimentos (US$ 34 bilhões) que está ajudando a sustentar o preço do índice". O S&P 500 não está "ainda por contratar", pelo que existe a possibilidade a curto prazo "de um desconto adicional igual a cerca de 10% face ao preço médio de 4.163, portanto na zona dos 3.800, determinado pelo um aumento nos fluxos de caixa de saída".
"Embora no curto prazo o peso das saídas possa determinar essa nova queda, na área de 3.800 a propensão a comprar deve ganhar força, determinando uma possível alta do índice, evento que continua sendo nosso cenário base para o final do ano , fixando-se em 4.300/4.500”, conclui o especialista.