Investing.com - Wall Street operou em queda nesta segunda-feira, com os investidores retornando do feriado de Ação de Graças (os mercados americanos não abriram na última quinta-feira e operaram meio dia na sexta) e decidindo realizar os lucros após uma sequência de três semanas consecutivas de alta, enquanto que o petróleo se mostrou volátil, com a incerteza sobre a capacidade de a Opep conduzir a próxima reunião rumo a um acordo para o corte de produção.
Às 14h14, no horário de Brasília, o Dow Jones avançou 23 pontos, ou 0,12%; o S&P 500 recuou 4 pontos, ou 0,2% e o Nasdaq Composite, que reúne as gigantes da tecnologia, decresceu 24 pontos, ou 0,45%.
Sem divulgação de dados relevantes nesta segunda-feira, as atenções foram voltadas para as novidades sobre o possível acordo dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que tem reunião oficial marcada para esta quarta-feira.
Os preços do petróleo bruto abriram os mercados do mundo em queda nesta segunda-feira, após a Arábia Saudita cancelar as tratativas com não membros da Opep, como a Rússia, e o ministro da energia do país comentar, no fim de semana, que os cortes de oferta podem não ser necessários, reiterando que os preços se estabilizarão em 2017 sem uma intervenção da Opep.
Os preços do petróleo apresentaram volatilidade durante todo o dia, com notícias inesperadas influenciando as telas de negociação.
Fechando em US$ 46,06 na última sexta-feira, o barril da West Texas Intermediate atingiu a mínima do dia, marcando US$ 45,26.
No entanto, as perdas foram compensadas e o petróleo bruto registrou movimento positivo em virtude de um relato de que os ministros do petróleo da Argélia e da Venezuela viajaram para Moscou, nesta segunda-feira, em uma tentativa de persuadir a Rússia a participar dos cortes em vez de meramente congelar a produção.
Tudo isso com o comitê técnico da Opep se reunindo nesta segunda-feira para formalizar os detalhes finais das cotas individuais, decididas em setembro, para limitar a produção.
Mais tarde, os preços do petróleo bruto dispararam mais do que 2%, depois que o ministro do petróleo iraquiano, Jabar Ali al-Luaibi, afirmou, hoje, que está "otimista" com a concretização de um acordo benéfico a todas as partes nesta semana por parte da Opep.
O Irã e o Iraque estão relutantes em aceitar limitar ou reduzir sua produção.
O petróleo bruto americano futuro avançou 2,8%, a US$ 47,35, às 15h18, no horário de Brasília, enquanto que o barril de Brent subiu 2,51%, a US$ 49,44.
Nos Estados Unidos, enquanto os membros do mercado aguardam a divulgação de uma série de dados nesta semana, incluindo a revisão do PIB do terceiro trimestre, o Livro Bege (que revela o estado da economia nos 12 distritos do Federal Reserve), a atividade no setor de serviços, a renda e as despesas pessoais ou o relatório de emprego de novembro, o dólar operou estável após registrar perdas na sexta-feira.
Às 15h18, no horário de Brasília, o índice dólar americano, que mede a força da moeda frente a uma carteira ponderada das seis principais moedas do mundo, permaneceu inalterado em 101,48, mantendo-se abaixo da máxima de 14 anos de 102,07, atingida na quinta-feira.
Quanto às notícias das empresas, a Time Inc (NYSE:TIME) registrou forte alta de 18% após recusar uma oferta de compra do investidor bilionário Edgar Bronfman Jr., de acordo com um relatório do NY Post.
Os olhares também se voltaram às empresas de varejo, após a Black Friday iniciar a temporada de compras de fim de ano, com os relatórios revelando que as empresas de varejo on-line, como a Amazon.com (NASDAQ:AMZN), captando muitas vendas e as lojas físicas rebatendo com enormes descontos. Para o último grupo, apesar de as vendas aumentarem frente ao ano passado, a quantia gasta caiu exatamente em virtude da grande competitividade.