Ibovespa fecha em queda pressionado por Petrobras, mas sobe em semana marcada por resultados corporativos
Por Nikhil Sharma e Purvi Agarwal
(Reuters) - As ações europeias caíram nesta quarta-feira, depois de quatro dias de ganhos após os acordos comerciais entre os Estados Unidos e o Reino Unido e entre os EUA e a China, que aliviaram algumas preocupações sobre a guerra comercial global, enquanto balanços corporativos fracos também pesaram sobre o índice de referência.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,24%, a 543,88 pontos, sua primeira perda em cinco sessões.
A alta havia começado na quinta-feira, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um acordo comercial com o Reino Unido, e continuou depois que Pequim e Washington concordaram com uma pausa de 90 dias na maioria das tarifas impostas entre si em abril.
"Trata-se de uma realização de lucros padrão. Investidores europeus estão abordando algumas das notícias sobre tarifas globais com um pouco mais de ceticismo saudável em comparação com investidores dos EUA, e o mercado está fazendo uma pequena pausa", disse Steve Sosnick, analista-chefe de mercado da Interactive Brokers.
O STOXX 600 está bem acima do nível do início de abril, quando Trump lançou suas tarifas universais sobre parceiros comerciais, levando a uma liquidação global.
O setor de saúde foi o que mais pesou no índice de referência, com queda de 1,5%. A Alcon registrou sua maior perda em um dia desde março de 2020, depois de não atender às expectativas de resultados trimestrais e revisar sua perspectiva para 2025 para refletir o impacto das tarifas dos EUA.
A maioria dos setores encerrou o dia em baixa, embora o de bancos tenha subido 1,4%, sendo negociado no nível mais alto desde agosto de 2010.
Os balanços permaneceram no centro das atenções, com investidores atentos a pistas sobre como as empresas estão planejando enfrentar o ambiente econômico incerto.
A fabricante de trens Alstom (EPA:ALSO) caiu para a última posição do STOXX 600, com uma baixa de mais de 17%, depois que sua previsão para o ano corrente decepcionou investidores, pressionando o setor de industriais.
A TUI, a maior operadora de viagens da Europa, recuou cerca de 11% depois de registrar uma queda de 1% nas reservas de verão, enquanto a Imperial Brands (LON:IMB) perdeu 7,3% depois que a fabricante de cigarros informou que o presidente-executivo, Stefan Bomhard, irá se aposentar.
Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,21%, a 8.585,01 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,47%, a 23.527,01 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,47%, a 7.836,79 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,70%, a 40.356,68 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,52%, a 13.840,20 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,19%, a 7.176,41 pontos.