Por Jan Wolfe e Chibuike Oguh
WASHINGTON (Reuters) - Thomas Barrack, um amigo bilionário de Donald Trump que presidiu seu comitê de posse, foi preso nesta terça-feira acusado de fazer lobby ilegal no governo de Trump a serviço dos Emirados Árabes Unidos.
Um indiciamento com sete acusações apresentado por procuradores federais no Brooklyn, em Nova York, alega que Barrack, um ex-funcionário e um empresário dos Emirados não se registraram como lobistas e utilizaram suas influências para facilitar objetivos da política externa do país árabe nos Estados Unidos.
Barrack também é acusado de mentir repetidamente durante interrogatório com o FBI sobre seus negócios com os Emirados Árabes.
Um porta-voz de Barrack não respondeu imediatamente a um pedido por comentários.
"Os réus tiraram proveito repetidamente das amizades de Barrack e acesso ao candidato que foi eventualmente eleito presidente, e a autoridades de alto escalão do governo, e também da imprensa norte-americana, para fazer avançar objetivos de um governo estrangeiro sem revelar a quem eram verdadeiramente leais", afirmou o representante do Departamento de Justiça dos EUA Mark Lesko em um comunicado à imprensa.
Barrack, de 74 anos, um aliado de longa data de Trump, é fundador da private equity focada em infraestrutura digital Digitalbridge Group Inc (NYSE:DBRG) , que era conhecida como Colony Capital Inc antes de passar por um processo de rebranding anunciado em junho.
Barrack renunciou como presidente executivo da DigitalBridge em 2020. Em abril, ele renunciou como presidente do conselho da empresa, mas continuou como diretor independente. A Forbes estima sua fortuna em 1 bilhão de dólares.
(Reportagem de Jan Wolfe e Chibuike Oguh)