Por Chiara Elisei
LONDRES (Reuters) - Os detentores de seguro de crédito vinculado aos títulos do Credit Suisse (SIX:CSGN) não receberão pagamento, após um comitê que decide disputas no mercado de derivativos dizer nesta quarta-feira que a fusão do banco com o UBS, promovida pelo governo, não constitui um evento de crédito.
O banco suíço foi adquirido em março pelo UBS em um acordo apoiado pelo Estado que anulou os títulos Adicionais de Nível 1 (AT1) do Credit Suisse, de 17 bilhões de dólares.
"Não ocorreu um Evento de Crédito de Intervenção Governamental", disse o Comitê de Determinação de Derivativos de Crédito para a EMEA (CDDC, na sigla em inglês) em seu site, em resposta a uma pergunta de um investidor na semana passada.
O CDDC disse ter chegado a essa conclusão após examinar as cláusulas de classificação dos títulos AT1 listados no pedido feito pelo investidor.
O investidor disse que os títulos AT1 eram "pari passu", ou seja, classificados no mesmo nível, com o título de referência subjacente aos contratos de CDS, que incluía um título subordinado com vencimento em 2020.
No entanto, o comitê entendeu que os detentores dos títulos de 2020 eram credores prioritários em comparação com os detentores dos títulos AT1.
Um painel composto por onze empresas financeiras, incluindo Barclays (LON:BARC), Citibank, Deutsche Bank, Goldman Sachs (NYSE:GS), Elliot Investment Management e PIMCO, chegou a uma decisão unânime, disse o comunicado do comitê.
(Reportagem de Chiara Elisei)