Por Gabriel Codas
Investing.com - Na parte da manhã desta quarta-feira, as ações da XP Inc (NASDAQ:XP) operam com queda na Nasdaq, após abrir a sessão com forte alta nos primeiros negócios. A corretora reportou ontem, após fechamento do mercado, de que seu lucro líquido mais do que dobrou no segundo trimestre, impulsionado pela migração de investidores para a bolsa de valores após o juro do país cair para a mínima histórica.
A companhia de investimentos teve lucro líquido de R$ 540 milhões entre abril e junho, alta de 137% sobre um ano antes. Enquanto isso, os ativos sob custódia saltaram 59%, para R$ 436 bilhões.
Por volta das 11h22, os papéis caíam 0,74% a US$ 47,00, após atingir a máxima de US$ 52,64 e mínima de US$ 45,00. A Nasdaq operava em alta de 1,64% a 10.959 pontos.
As ações da companhia subiram mais de 2% após o fechamento do pregão regular na véspera.
“Agora, mais do que nunca, as pessoas foram empoderadas com taxas de juros baixas, motivando um crescimento acelerado no número de empreendedores”, disse o presidente-executivo da XP, Guilherme Benchimol.
A média de adição líquida de clientes por mês caiu para cerca de 107 mil, ante 112 mil no primeiro trimestre. Ainda assim, os clientes ativos subiram 81% sobre um ano antes.
A receita líquida da companhia saltou 67,5%, para 1,92 bilhão de reais.
Primeira brasileira a listar BDR na B3
Com a notícia de que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mudou a regulação de BDRs, recibos negociados na B3 de papéis listados no exterior, ampliando ao investidor nacional acesso a ativos de empresas domésticas, mas listadas fora do país, a XP caminha para ser a primeira a estrear com esses ativos. As informações são da edição desta quarta-feira da Coluna Broadcast, do jornal O Estado de S.Paulo.
A publicação destaca que o movimento segue o que a companhia havia declarado na época da estreia das ações na Nasdaq, sinalizando que pretendia que os investidores brasileiros tivessem acesso aos papéis. Foi nesse sentido que a companhia lançou dois fundos locais com suas ações logo depois de sua oferta inicial de ações.
A mudança era um pedido antigo de entidades do mercado, inclusive da própria B3 e o apelo ganhou força nos últimos anos depois que nomes conhecidos, como a plataforma de investimentos XP e as empresas de pagamentos PagSeguro (NYSE:PAGS) e StoneCo se listaram em bolsas de valores nos Estados Unidos.
O veículo destaca que outras companhias têm a intenção de lançar BDRs em setembro, quando a nova regra entra em vigor. Na prática, um banco intermediário é quem traz o BDR. Como as ações existem no exterior, elas precisam ficar depositadas e bloqueadas em uma instituição financeira, que atua como custodiante. É assim que se forma o lastro da BDR.
Uma das vantagens da alteração é permitir que as pessoas físicas passam a ter acesso a esses ativos. Há cerca de 550 BDRs listados hoje na B3, muitas delas de grandes empresas americanas, como Apple (NASDAQ:AAPL), Amazon (NASDAQ:AMZN) e Facebook.