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ArcelorMittal Brasil tem resultado recorde em 2021, prevê acomodação na demanda em 2022

Publicado 29.04.2022, 15:07
Atualizado 29.04.2022, 16:11
© Reuters. 01/04/2016
REUTERS/David W Cerny

SÃO PAULO (Reuters) - A ArcelorMittal Brasil teve lucro mais que 10 vezes maior em 2021, impulsionada pela demanda por aço no país, além da alta dos preços da liga no mercado internacional e do câmbio favorável, mas estima arrefecimento neste ano em meio a uma prevista acomodação no consumo nacional.

A unidade, que representou no ano passado 22% dos resultados operacionais do grupo siderúrgico global ArcelorMittal, teve lucro líquido de 12,8 bilhões de reais em 2021. A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou 20,2 bilhões, quase quatro vezes acima do desempenho de 2020. A margem subiu de 15% para 29%.

Como comparação, a Gerdau (SA:GGBR4), que atua nos mesmos segmentos de aços longos e planos que a ArcelorMittal Brasil, teve lucro líquido de 15,6 bilhões de reais no ano passado, um salto de 552% sobre 2020, quando a indústria nacional sofreu durante meses o impacto das medidas de isolamento social.

"Neste ano certamente o mercado interno vai se acomodar", disse o presidente da ArcelorMittal Brasil e presidente da ArcelorMittal Aços Longos para América Latina, Jefferson De Paula, evitando fazer projeções por conta da proximidade da divulgação de resultados de primeiro trimestre da matriz, prevista para 5 de maio.

"Difícil acertar um número (de previsão) diante de fatores como eleição, guerra (na Ucrânia), China...Mas consideramos um mercado neutro, talvez um pouco negativo", disse.

Em 2021, segundo dados do Aço Brasil, o consumo aparente, a soma de vendas de aço produzido no país mais importações, subiu 23,5%, a 26,5 milhões de toneladas. Para este ano, a entidade manteve esta semana perspectiva de alta de 1,5%.

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Apesar disso, De Paula afirmou que a ArcelorMittal Brasil avalia com otimismo as perspectivas de médio prazo do mercado brasileiro, com crescimento na demanda por aço puxado por segmentos que incluem o agropecuária e construção civil.

A empresa programa investimentos 7,6 bilhões de reais para os próximos três anos no país, focados em atendimento do mercado interno e melhoria na qualidade do míx de produtos, que incluem aços para o setor automotivo. O plano de investimento é o maior em desenvolvimento no setor no país, segundo a companhia.

A média anual do investimento previsto pela ArcelorMittal Brasil, de cerca de 2,5 bilhões de reais, é ligeiramente maior que os 2,1 bilhões aplicados pela companhia no Brasil em 2021.

"A ideia é acelerar para produzirmos aço de maior qualidade", disse De Paula. Os planos incluem a instalação de novos equipamentos que vão aumentar em 37,5% a capacidade da usina de aços especiais em São Francisco do Sul (SC), para 2,2 milhões de toneladas por ano, e a duplicação da capacidade da usina em Monlevade (MG), também para 2,2 milhões de toneladas anuais.

A empresa reativou em janeiro o terceiro laminador da usina de Monlevade e o equipamento, que estava parado desde a montagem em 2015, atingiu nesta semana 100% da capacidade de produção diária, disse De Paula.

Segundo o executivo, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para 35% pelo governo federal deve incrementar a demanda por aço no Brasil nos próximos meses, "gerando efeitos já neste ano", mas ele evitou fazer projeções.

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O grupo tem uma grande usina siderúrgica integrada na Ucrânia, que está parada desde o início de março, após a invasão do país pela Rússia. Mas De Paula afirmou que o foco do investimento no Brasil segue no mercado interno, ao ser questionado sobre eventualidade da unidade brasileira poder suprir parte da produção paralisada da usina ucraniana.

Sobre a Argentina, onde a companhia produz cerca de 1 milhão de toneladas de aço por ano, De Paula afirmou que a situação é difícil diante do quadro de inflação que supera 50% ao ano. Apesar disso, o executivo afirmou que o país deve registrar em 2022 novo crescimento no consumo de aço, após alta em 2021, puxado pela demanda do setor da construção civil.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

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