Assaí vê mudança de consumo entre classes mais baixas no 1º tri, diz presidente

Publicado 09.05.2025, 12:12
Atualizado 09.05.2025, 13:55
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SÃO PAULO (Reuters) -O Assaí (BVMF:ASAI3) observou no primeiro trimestre que os consumidores, especialmente aqueles de menor renda, estão trocando marcas por produtos mais baratos, disse o presidente da rede de atacarejo, Belmiro Gomes, após a companhia reduzir pela metade sua projeção de abertura de lojas para o próximo ano.

"Esse movimento, a gente tem observado ele muito forte dentro da baixa renda, especialmente na região Nordeste do Brasil", disse Gomes nesta sexta-feira em teleconferência com analistas após divulgação do resultado da companhia no primeiro trimestre. "Não é um movimento idêntico para todas as regiões do Brasil, ele está muito ligado ao público de classes C, D e E."

Segundo o executivo, esse cenário explica o crescimento das vendas mesmas lojas da companhia no primeiro trimestre, de 5,5%, em patamar inferior à inflação alimentar. Gomes citou uma redução no poder de compra da população, afetado por alto endividamento, taxas de juros ainda elevadas e novos hábitos.

Com relação à mudança no "guidance", o executivo disse que a medida foi necessária para fazer frente ao cenário de juros, com a taxa Selic em seu maior patamar em quase 20 anos. Segundo ele, já era trabalhada a possibilidade de reduzir o ritmo de expansão em 2026 assim como feito no ano passado, quando a companhia também cortou pela metade sua previsão de aberturas para 2025.

O Assaí apurou lucro líquido de R$117 milhões no período de janeiro ao final de março, uma expansão de 95% em comparação com o mesma etapa no ano passado, e Ebitda ajustado 12,7% maior na base anual, em R$1,37 bilhão.

Para o segundo trimestre, que geralmente tem um efeito de vendas mais elevado devido ao feriado de Páscoa, Gomes disse que espera uma dinâmica semelhante à observada nos primeiros três meses deste ano, seja em vendas, seja em capital de giro, mas que o melhor "termômetro" será o mês de maio.

A alavancagem da companhia medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado atingiu 3,15 vezes no final de março, e a empresa manteve previsão de encerrar o ano com a taxa em 2,6 vezes.

Por volta das 13h40, as ações do Assaí subiam 2,87%, a R$9,67, enquanto o índice de referência da bolsa brasileira, Ibovespa, avançava 0,2%.

(Reportagem de Patricia Vilas BoasEdição de Paula Arend Laier)

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