Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - A Azul (BVMF:AZUL4) mostrou no seu balanço do segundo trimestre a sua habilidade de repassar os custos aos clientes, o que resultou em uma receita recorde para o período, segundo o Goldman Sachs (NYSE:GS). Para o banco internacional, isso cria expectativas positivas para o futuro, apesar da sua avaliação neutra sobre a empresa.
Às 16h21, as ações da Azul subiam 2,12%, a R$ 14,93.
O Ebitda ajustado da Azul no 2T22 ficou em R$ 615 milhões, com margem Ebitda de 15,7%. O RASK e o CASK estão 26% e 40% acima dos níveis pré-pandemia, destaca o Goldman Sachs.
O mesmo acontece com a receita recorde de R$ 3,9 bilhões do trimestre, que segundo o banco internacional está 50% acima dos números de 2019. Apesar do salto na receita, a Azul teve um prejuízo líquido de R$ 2,6 bilhões no 2T22.
A empresa também terminou o trimestre com R$ 4 bilhões em liquidez imediata e uma dívida líquida de R$ 19,7 bilhões, que foi atribuída à desvalorização do real no trimestre.
O Goldman Sachs também destaca que a Azul está operando com uma margem Ebitda de taxa de execução normalizada de aproximadamente 19%, que está em linha com o consenso para 2023E e ligeiramente acima das projeções do banco internacional.
Como a ANAC realizou a distribuição de slots no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, durante o 2T22, a Azul destacou no seu comunicado trimestral que a nova regra deve permitir a expansão da sua capacidade aeroportuária e possivelmente dobrar as suas saídas diárias em Congonhas nos próximos dois anos.
A recomendação do Goldman Sachs sobre as ações da Azul são neutras, mas com uma tendência positiva da receita que indica a capacidade da empresa de repassar seus custos mais elevados para as tarifas. O preço-alvo é de R$ 17,20.