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Bolsa perde força após testar os 65 mil pontos; Petrobras -2%, Itaú +3%

Publicado 31.10.2016, 14:17
Bolsa perde força depois de testar os 65 mil pontos; Petrobras -2%
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Investing.com - A bolsa brasileira perdeu o fôlego da primeira hora de negociação quando o Ibovespa atingiu os 65 mil pontos, impulsionado pelo Itaú Unibanco. O índice avança 0,5% aos 64.621 pontos em meio a otimismo com os balanços trimestrais positivos compensando as quedas de Petrobras e Vale.

O dia começou com cautela nos mercados internacionais com a reabertura de investigação do FBI sobre os e-mails do Hillary Clinton adicionando incerteza às eleições dos EUA, marcadas para 8 de novembro. O mercado precificou os ativos para a vitória da candidata democrata, líder nas pesquisas, e o aumento da possibilidade de que Donald Trump ganhe provoca turbulência nas bolsas internacionais.

As bolsas dos EUA, contudo, operam com ganhos em meio a nova bateria de resultados empresariais do terceiro trimestre, em uma semana que ainda traz a expectativa pela reunião do Fed. Dow 30 sobe 0,1%, enquanto o Nasdaq e o S&P 500 valorizam 0,3%.

No cenário interno, o resultado do segundo turno da eleição municipal realizado ontem favoreceu a base do governo, com vitórias importantes, especialmente, do PSDB e de partidos menores, como PR, no Rio, PSH em Belo Horizonte e PMN em Curitiba. A vitória do governo aumenta a perspectiva de avanço no ajuste fiscal e nas reformas no Congresso.

O Itaú (SA:ITUB4) é o principal destaque do dia com valorização de quase 3% nas ações após boas notícias em seu resultado, apesar da queda de 8,9% no lucro líquido recorrente, que encerrou o período de julho a setembro em R$ 5,595 bilhões. As provisões para perdas com calotes caíram 2,7% na comparação com o segundo trimestre, alta de 2,9% na comparação anual, mostrando sinais de queda na tendência de aumento dos últimos trimestres. O Itaúsa ITSA4 (SA:ITSA4) sobe 2,6%, em dia de forte volume.

O bom resultado do Itaú estimula as ações do setor financeiro, que sobem nesta segunda-feira. Bradesco (SA:BBDC4) e o Banco do Brasil (SA:BBAS3) avançam 2%, enquanto o Santander (SA:SANB11) sobe 1%.

A Petrobras (SA:PETR4) opera com perdas de 2% em um movimento de realização após alta de mais de 30% em outubro. O papel cai a R$ 17,75 acompanhando a queda do preço do petróleo no mercado internacional. A commodity cede após novo impasse na reunião da Opep no final de semana. No radar, a empresa prevê concluir até o final do ano a venda de seus gasodutos para a Brookfield para injetar quase US$ 5 bilhões em seu caixa.

A Vale (SA:VALE5) também passa por dia de realização de lucros após as fortes altas das últimas duas semanas provocadas pela divulgação de resultados operacionais e financeiros. O papel da empresa cede 1,7% em um pregão de valorização do minério de ferro, que superou os US$ 64 na China.

A sessão é mista para as siderúrgicas, com alta de 0,5% em Usiminas (SA:USIM5) e Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) e queda de 1% na CSN (SA:CSNA3). Gerdau (SA:GGBR4) opera estável.

A Embraer (SA:EMBR3) avança mais de 4% após reafirmar sua meta operacional de 2016 com a expectativa de uma forte demanda de aviões no final do ano, especialmente de jatos executivos. A companhia registrou prejuízo de US$ 34 milhões no terceiro trimestre, com peso do custo de demissões, baixas contábeis e acordos para encerrar acusações de corrupção. A receita líquida aumentou 18% na comparação anual com a forte entrega de jatos comerciais.

A Fibria (SA:FIBR3) avança mais de 2% após anunciar lucro de R$ 32 milhões no terceiro trimestre, revertendo prejuízo de R$ 601 milhões em 2015. A empresa traçou um cenário positivo para a demanda de celulose, mas não se comprometeu com novo reajuste.

A Hypermarcas (SA:HYPE3) sobe 1% depois de divulgar lucro líquido de R$ 202 milhões, alta de 170% com aumento de preços e redução de despesa.

A Localiza (SA:RENT3) figura entre as maiores perdas do dia, com -1,5%, com a notícia de que a gigante do setor Enterprise adquiriu fatia de 20% em sua concorrente Unidas.

Dólar

Em pregão de fechamento de Ptax e do último dia do projeto de repatriação de recursos no exterior, o dólar cai 1% e volta a ser negociado na casa dos R$ 3,17.

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