As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única nesta terça-feira, após Wall Street sofrer um tombo na segunda-feira em meio a preocupações de que aumentos de juros nos EUA levem à estagnação da maior economia do mundo.
Na volta de um feriado, o Hang Seng liderou as perdas na região, com queda de 1,84% em Hong Kong, a 19.633,69 pontos.
Já o Nikkei caiu 0,58% em Tóquio, a 26.167,10 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 0,55% em Seul, a 2.596,56 pontos, menor patamar em 17 meses.
Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no vermelho, influenciada por ações de mineradoras e petrolíferas. O S&P/ASX 200 teve baixa de 0,98% em Sydney, a 7.051.20 pontos.
Na segunda-feira, as bolsas de Nova York sofreram perdas bastante acentuadas, que ultrapassaram 4% no caso do Nasdaq, que é em boa parte formado por empresas de tecnologia e acabou pressionando nesta terça ações de gigantes chinesas do setor negociadas em Hong Kong, caso do Alibaba (NYSE:BABA) (SA:BABA34) (-4,81%) e da Tencent Holdings Ltd (HK:0700)(-2,29%).
Os negócios em Wall Street vêm sendo castigados pela perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) siga elevando seus juros de forma agressiva para combater a inflação, que ganhou nova força nos últimos meses em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia. O temor é que os EUA acabem entrando em recessão.
Os mercados da China, porém, driblaram nesta terça o mau humor de outras partes da Ásia, ajudados por papéis do setor bancário. O Xangai Composto subiu 1,06%, a 3.035,84 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,53%, a 1.894,39 pontos.
Seguem no radar, contudo, os efeitos negativos da política de "tolerância zero" de Pequim contra a covid-19 na economia chinesa. Em Taiwan, o Taiex ficou perto da estabilidade, com ligeiro ganho de 0,08%, a 16.061,70 pontos.
*Com informações da Dow Jones Newswires