As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta terça-feira, 6, em pregão que sofreu influência da queda em Wall Street por conta de temores por um Federal Reserve (Fed) continuamente hawkish nos EUA, após indicadores sugerirem força da economia americana. Por outro lado, sinais positivos vieram da China, com o governo do país podendo relaxar mais suas medidas restritivas de combate ao coronavírus.
O índice Xangai Composto fechou em alta marginal de 0,02%, a 3.212,53 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve alta de 0,26%, a 2.067,93 pontos. Já o Hang Seng, de Hong Kong, teve queda de 0,04%, a 19.441,18 pontos, após saltar mais de 4% na sessão passada. Em Tóquio, o índice Nikkei teve alta de 0,24%, a 27.885,87 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 1,08%, a 2.393,16 pontos. Já em Taiwan, o Taiex fechou com perda de 1,68%, a 14.728,88 pontos.
Ontem, o índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços dos EUA medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) contrariou a expectativa do mercado ao subir a 56,5 em novembro, sinalizando expansão da atividade americana. Com isso, a esperança por um Fed mais brando e preocupado com o nível de produtividade dos EUA à frente se esvaiu, o que prejudicou a busca por risco nos mercados.
O dado sugeriu que a inflação nos EUA está "arraigada e lenta para se dissipar", de acordo com o Danske Bank. "O PMI de serviços do ISM mais forte do que o esperado veio após o forte relatório do mercado de trabalho na sexta-feira e aumentou a pressão sobre o Fed antes da importante reunião de dezembro, a última do ano, na próxima semana", comenta o banco.
Na seara local, notícias sobre eventuais medidas adicionais de relaxamento das restrições contra a covid-19 na China sustentaram os leves ganhos de alguns mercados na Ásia. Com base em fontes, a Reuters informou que o governo do presidente Xi Jinping deve relaxar mais as restrições impostas até amanhã.
Na Oceania, o índice australiano S&P/ASX 200 teve baixa de 0,47%, a 7.291,30 pontos. Por lá, o Banco Central da Austrália (RBA) elevou sua principal taxa de juros em 25 pontos-base, a 3,10%. De acordo com a Oxford Economics, há pouco no comunicado do RBA que sugere uma pausa no ciclo atual de aperto monetário.