As bolsas da Europa fecharam a terça-feira, 10, em alta de quase 2%, em meio à melhora do sentimento de risco global apoiada pela probabilidade de pausa na alta de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e especulações sobre novos estímulos na China. Nesta terça, também, o alívio na alta dos preços de petróleo sustenta a teoria de que o mercado tem ficado mais resistente a choques geopolíticos, diante do recente confronto entre Hamas e Israel.
Na bolsa de Londres, o FTSE 100 fechou em alta de 1,82%, aos 7.628,21 pontos. Em Frankfurt, o DAX ganhou 1,95%, aos 15.423,52 pontos; em Paris, o CAC 40 subiu 2,01%, aos 7.162,43 pontos; em Milão o FTSE MIB teve ganhos de 2,30%, aos 28.318,22 pontos; em Madri, o Ibex 35 subiu 2,27%, aos 9.359,20 pontos; e, em Lisboa, o PSI 20 teve alta de 1,91%, aos 6.056,96 pontos. As cotações são preliminares.
Segundo Craig Erlam, da Oanda, o otimismo do mercado parece ser resultado dos comentários promissores do vice-presidente do conselho do Federal Reserve (Fed), Philip Jefferson, na tarde de segunda-feira, e da dirigente do Fed de Dallas, Lori Logan, que mostram que o Fed está atento às implicações da alta recente nos rendimentos dos Treasuries.
"Parece que o recente aumento nos rendimentos dos títulos não passou despercebido no banco central, à medida em que as autoridades do Fed estão parecendo menos agressivas nas suas opiniões", pontua Erlam, defendendo a ideia de que a alta dos juros dos Treasuries pode ter contribuído para o arrefecimento da inflação nos Estados Unidos.
Também em foco, o preço do petróleo voltou a cair depois de subir mais de 4% na segunda-feira, diante da ainda não interferência na produção da commodity pela guerra entre Hamas e Israel. Ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o consultor Thiago Vetter, da Stonex, disse que ainda não houve envolvimento direto do Irã, que poderia interromper ou dificultar o transporte de navios pelo estreito de Ormuz.
No Reino Unido, as mineradoras Antofagasta (LON:ANTO) e Rio Tinto (LON:RIO) subiram 4,48% e 2,40%, respectivamente.
Segundo o CMC Markets, a alta foi influenciada por relatos de que a China está prestes a divulgar um novo pacote de estímulo à demanda local.