São Paulo, 06/02/2024 - As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta terça-feira, com as chinesas se recuperando de forma vigorosa após sinais de apoio oficial e outras caindo na esteira das perdas em Wall Street ontem.
Na China continental, os mercados exibiram robustos ganhos, depois de caírem por seis pregões seguidos em meio a preocupações sobre a saúde da segunda maior economia do mundo. Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto avançou 3,23% hoje, a 2.789,49 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto saltou 5,14%, a 1.506,79 pontos, no seu melhor dia desde fevereiro de 2019.
Em comunicado, o regulador de mercado chinês encorajou empresas a conduzir recompras de ações, declarar dividendos e a tomar outras iniciativas para impulsionar seu valor. Já o Central Huijin Investment, fundo soberano que controla bancos estatais da China e grandes empresas, prometeu ampliar suas compras de ações.
Além disso, o presidente da China, Xi Jinping, deverá ter uma reunião com autoridades para discutir a recente fraqueza dos mercados acionários, segundo fontes anônimas ouvidas pela Bloomberg.
Em Hong Long, o Hang Seng teve ganho de 4,04%, o maior para um único dia desde julho de 2023, encerrando a sessão em 16.136,87 pontos.
Outros mercados da Ásia sentiram o mau humor das bolsas de Nova York, que ontem caíram de forma generalizada com reforço da mensagem de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) não está com pressa de começar a reduzir juros. O índice japonês Nikkei caiu 0,53% em Tóquio, a 36.160,66 pontos, e o sul-coreano Kospi recuou 0,58% em Seul, a 2.576,20 pontos. Em Taiwan, não houve negócios hoje em função de um feriado.
Na Oceania, o mercado australiano ficou no vermelho pelo segundo pregão consecutivo, também sob o peso de Wall Street e após o RBA - como é conhecido o BC do país - manter seu juro básico no atual nível de 4,35%. O S&P/ASX 200 caiu 0,58% em Sydney, a 7.581,60 pontos.
(Por Sergio Caldas. Com informações da Dow Jones Newswires e da Associated Press)