Por que o preço do café disparou em agosto nos mercados internacionais?
As bolsas de Nova York fecharam em alta, após uma sessão volátil, na qual investidores avaliaram mais uma vez as perspectivas para o aperto monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Alguns dirigentes da autoridade monetária se pronunciaram, e as atenções se voltaram especialmente para o presidente Jerome Powell que, no Senado, deu indicações de que uma alta de juros está chegando. Além disso, as perspectivas para um forte crescimento da economia, o que deve refletir numa temporada de balanços com lucros significativos impulsionou os índices.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,51%, em 36252,02 pontos, o S&P 500 avançou 0,92%, a 4713,07 pontos, e o Nasdaq subiu 1,41%, a 15153,45 pontos.
Para Edward Moya, analista da Oanda, investidores ainda estão muito otimistas por três motivos: os balanços domésticos e das empresas permanecem muito saudáveis, a próxima temporada de ganhos deve ser forte e a economia ainda verá um crescimento acima do esperado, mesmo que o Fed aumente as taxas de juros três vezes no ano.
Para ele, Wall Street sabe que os aumentos das taxas de juros estão chegando e as expectativas agora são de até 85% para um aumento das taxas em março.
Investidores apostam que os aumentos iminentes nos juros irão alimentar os lucros no setor de finanças e torná-lo mais atraente do que o de tecnologia. Na semana passada, o setor de finanças no S&P 500 saltou 5,4%, nos primeiros cinco dias de pregão de janeiro, seu melhor início de ano desde 2010. Houve ainda um contraste com o índice geral do S&P 500, que recuou. JPMorgan (NYSE:JPM), Citigroup (NYSE:C) e Wells Fargo (NYSE:WFC) publicam resultados nesta sexta-feira.
Para a Capital Economics, uma combinação de rendimentos dos Treasuries e preocupações com as consequências da variante Ômicron levou à rotação de setores até agora este ano. De acordo com a consultoria, desde o final de novembro, os dois setores com pior desempenho foram tecnologia e consumo discricionário, enquanto os setores de energia e financeiro, antes com dificuldades, foram colocados entre os quatro primeiros.
Já nesta terça, petroleiras avançaram, seguindo a alta do barril. Chevron (NYSE:CVX) (+2,29%), ExxonMobil (NYSE:XOM) (+4,21%) e Occidental Petroleum (NYSE:OXY) (+7,16%) tiveram importantes ganhos. Impulsionadas por uma pausa na alta dos juros dos Treasuries, ações de tecnologia tiveram avanços relevantes, caso de Meta (+1,92%) e Amazon (NASDAQ:AMZN) (+2,40%).