As bolsas de Nova York operaram voláteis durante o dia e fecharam sem sinal único nesta segunda-feira, 23. O alívio na escalada dos juros dos Treasuries abriu espaço para uma tentativa de recuperação dos mercados acionários, em meio às incertezas com a economia global e a guerra no Oriente Médio.
O índice Dow Jones recuou 0,58%, aos 32.936,15 pontos, o S&P 500 cedeu 0,17%, aos 4.216,96 pontos e o Nasdaq fechou em alta de 0,27%, aos 13.018,33 pontos.
As bolsas abriram em queda, dando continuidade às perdas robustas da semana passada, de olho também na guerra entre Israel e Hamas. Entretanto, a pressão arrefeceu à medida que os retornos dos títulos soberanos americanos perdiam seu fôlego.
"Assistimos a uma certa recuperação, ajudada por um recuo nos rendimentos dos Treasuries das suas máximas intraday, após um tuíte de Bill Ackman, do fundo de hedge Pershing Square (NYSE:SQ), informando que tinha coberto as suas posições vendidas em obrigações e que a economia dos EUA estava mais fraca do que parecia", apontou o analista-chefe de Mercados da CMC Markets, Michael Hewson, em relatório.
Os comentários do bilionário em tom pessimista (bearish), como descreveu a Navellier em relatório nesta segunda-feira, tende a reforçar a perspectiva de que o aperto monetário tem tido o efeito pretendido na economia, potencialmente livrando o Federal Reserve (Fed) de ter de elevar o juros outra vez.
Em destaque, a ação da Nvidia encabeçou os ganhos do Nasdaq. A gigante de semicondutores fechou com alta de 3,84% após a Reuters reportar que a empresa está desenvolvendo um chip para computadores pessoais com tecnologia da Arm Holdings (NASDAQ:ARM). A AMD (-1,77%) também estaria fazendo planos parecidos, ainda segundo a reportagem. O papel da Intel (NASDAQ:INTC) caiu -3,06% depois da notícia.
Pfizer (NYSE:PFE) subiu 0,62%, após anúncio de compra pela Roche da Telavant Holdings, sua e da Roivant Sciences (NASDAQ:ROIV), por US$ 7 bilhões. Boeing (NYSE:BA), por sua vez, avançou 0,55%, após informar que espera uma demanda 2 mil aviões pela América Latina nos próximos 20 anos.