Por Caroline Valetkevitch
NOVA YORK (Reuters) - O S&P 500 registrou sua maior perda percentual desde 25 de março nesta sexta-feira, com os investidores evitando assumir riscos em meio a uma nova regulamentação dos negócios com ações na China, renovadas preocupações sobre a Grécia ficar sem dinheiro e resultados corporativos mornos nos Estados Unidos.
A queda no mercado norte-americano seguiu ao forte declínio nas bolsas externas, e todos os 10 principais índices setoriais do S&P 500 perderam terreno.
O índice Dow Jones caiu 1,54 por cento, a 17.826 pontos, o S&P 500 perdeu 1,13 por cento, a 2.081 pontos, enquanto o Nasdaq Composite recuou 1,52 por cento, a 4.931 pontos.
Na semana, o Dow Jones caiu 1,3 por cento, o S&P perdeu 1 por cento e Nasdaq recuou 1,3 por cento.
Entre as maiores quedas, o índice do setor financeiro do S&P recuou 1,3 por cento, com as ações da American Express, componente do Dow, caindo 4,4 por cento, para 77,32 dólares, depois de a receita da empresa de cartão de crédito ter ficado abaixo das estimativas dos analistas, em parte devido ao impacto cambial.
A Honeywell International e a General Electric (NYSE:GE) culparam o dólar forte por receita menor. As ações da Honeywell caíram 2,1 por cento, a 101,70 dólares, enquanto as ações da GE caíram 0,1 por cento, a 27,25 dólares.
"Ainda é muito cedo para dizer como serão os resultados corportativos do trimestre, mas não temos tido muitas surpresas positivas. E é isso que precisamos ver", disse o executivo-chefe da Sarhan Capital, em Nova York, Adam Sarhan.
O regulador do mercado de valores mobiliários da China recomendou aos investidores para serem cautelosos, após as ações chinesas atingirem os níveis mais altos em sete anos. A China permitiu que os gestores de fundos emprestem ações para vendas a descoberto, mas há expectactiva que possa haver novas mudanças.
O índice futuro de ações chinesas caiu 3,4 por cento e os mercados europeu e norte-americano seguiram o movimento.
Participantes do mercado também mostraram preocupação de que a Grécia possa deixar a zona do euro, enquanto tenta fazer reformas em sua economia em meio a uma grande dívida. A Grécia desmentiu relatos de que teria que usar suas últimas reservas em caixa para pagar os salários dos funcionários públicos.