Garanta 40% de desconto
🤯 Perficient disparou 53%. Nossa ProPicks de IA viu essa oportunidade em março Leia mais

Câmara discute projeto que restringe isenção para venda de veículos por locadoras

Publicado 02.10.2019, 09:57
Atualizado 02.10.2019, 09:58
© Reuters.  Câmara discute projeto que restringe isenção para venda de veículos por locadoras

Investing.com - Está em discussão na Câmara dos Deputados um projeto de lei questionando a venda direta de veículos, elevando a disputa existente entre montadoras, concessionárias e locadoras de veículo. Esses canais foram responsáveis por 49% das vendas em setembro, expondo também o que é mudança no comportamento dos consumidores. As informações são da edição desta quarta-feira do Valor Econômico.

O ponto de questão é que a venda direta traz um desconto de até 35%, além do desconto do ICMS. Essa forma de negócio é um incômodo há anos para as concessionárias, uma vez que as locadoras, que são os principais clientes dessa modalidade, revendem os carros depois de pouco tempo com preços inferiores aos praticados nas revendas tradicionais.

O deputado Mário Heringer (SA:FHER3) (PDT-MG), autor do PL 3.844, quer estabelecer como limite a venda sem tributação podendo acontecer somente após 24 meses da compra. O problema é que a disputa também atinge as montadoras, que não querem abrir mão do modelo que sustenta a venda da maior parte dos carros novos. Para essas empresas, já há sinais de mudanças nos hábitos de consumo e isso sustenta manter a venda direta.

A Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, destaca que cada vez é maior o interesse dos consumidores por serviços de transporte terceirizado, como o Uber (NYSE:UBER). Desta forma, cada vez menos consumidores têm interesse em ter o próprio carro. Isso, de acordo com a entidade, faz com que as vendas do varejo recuem e as diretas avancem. Há quatro anos, esse canal absorvia 28% das vendas. No ano passado ficou em 42%. Em agosto estava em 46% e em setembro passou para 49%.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Ao jornal, o deputado afirmou que a ideia do projeto de lei é acabar com os privilégios de algumas categorias, sendo contrário à renúncia fiscal que beneficia as locadoras.

Segundo a reportagem, as locadoras iniciam a venda de seus veículos depois de 15 a 18 meses de uso, apesar de citar casos de os carros serem vendidos com menos de um ano de uso. O setor se defende dizendo que não recolhe ICMS na operação por tratar de desmobilização de um ativo.

O presidente da Associação Brasileira de Locadoras de automóveis (Abla), Paulo Miguel, disse ao Valor que a venda de carros não é a atividade principal das locadoras, e sim a desmobilização de ativo usado para a prestação de um serviço.

Ao projeto de lei original, o pelo deputado Herculano Passos (MDB-SP) apresentou uma emenda, para reduzir o prazo de 24 para 12 meses para que a locadora possa vender o veículo. Caso a operação ocorra num prazo inferior a um ano, prevê que seja cobrado ICMS sobre o preço divulgado publicamente pela montadora, acrescido de multa de 75% do valor do imposto.

O Valor destaca ainda que a venda de seminovos tem peso importante na geração de receita da Localiza (SA:RENT3), Movida (SA:MOVI3) e Unidas, que no segundo trimestre representaram 58%, 65% e 55%, respectivamente.

A associação do setor de locação e veículos informou que o setor vendeu 230 mil veículos seminovos no ano passado, sendo que mais da metade dessa frota foi comprada por lojas multimarcas e concessionárias. O restante foi comercializado nas lojas das próprias locadoras.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Últimos comentários

Locadoras irão falir, pois as montadoras já estão com projetos de locação de veículos... Toyota começará o ano que vem.
Então é aí que mora o pulo do gato, as locadoras pagam menos impostos para adquirir os veículos... locadoras crescendo absurdamente, é lógico que tinha mutreta..(brecha prevista em lei). Humph!
E ao mesmo tempo gerou emprego direto e indiretos. Que coisa ruim né para o Brasil?!
 Mas também deixou de arrecadar minhões em impostos para estados e governos...Elisão Fiscal não é bom para a população, faz bem apenas à empresa beneficiada.
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.