(Reuters) - A empresa de cibersegurança ISH Tech, com sede em Vitória (ES), pediu registro para uma oferta inicial de ações (IPO) em busca de recursos para financiar seu crescimento orgânico e via aquisições, além de investir em pesquisa.
Fundada em 1996 como consultoria em TI, a ISH tem seu nome atribuído a uma expressão cunhada nos anos 1990 pelo ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore, classificando a internet como uma super via de informação (information super highway).
Atualmente, além da matriz, a empresa possui nove escritórios, sendo oito espalhados pelo país e um na Flórida, Estados Unidos, e afirma que tem cerca de 500 funcionários. Entre os clientes, estão Itaú Unibanco (SA:ITUB4), B3 (SA:B3SA3), Raizen (SA:RAIZ4), GPA (SA:PCAR3) e Honda (T:7267)(SA:HOND34). Em 12 meses até junho último, a ISH teve 257 milhões de reais de receita líquida.
O anúncio ocorre no momento em que a migração acelerada da demanda por serviços para canais digitais, diante do isolamento provocado pela pandemia da Covid-19, tem trazido consigo uma escalada de ataques cibernéticos a empresas de inúmeros setores.
Só no último ano, companhias brasileiras incluindo Rumo (SA:RAIL3), Cyrela (SA:CYRE3), Natura & Co (SA:NTCO3), Fleury (SA:FLRY3), Embraer (SA:EMBR3), Hapvida (SA:HAPV3), Braskem (SA:BRKM5) e JBS (SA:JBSS3) foram alvos de ataques de hackers. O caso mais recente foi o da Lojas Renner (SA:LREN3), na véspera.
O IPO da ISH, que será conduzido por Xpc (NASDAQ:XP), UBS-BB e BTG Pactual (SA:BPAC11), também servirá para que quatro acionistas pessoas físicas vendam uma fatia no negócio.
(Reportagem de Aluísio Alves)