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Com aversão global a risco, Ibovespa cai 1,43%, a 113,5 mil pontos

Publicado 17.02.2022, 15:41
© Reuters.  Com aversão global a risco, Ibovespa cai 1,43%, a 113,5 mil pontos

O receio de que a tensão em torno da Ucrânia possa se transformar em conflito militar a qualquer momento, conforme sustentam Estados Unidos e aliados ocidentais, conduziu desde cedo os mercados globais nesta quinta-feira, 17, de aversão a risco, em que o econômico voltou a dar lugar ao geopolítico. Em dia de agenda relativamente vazia, o Ibovespa seguiu o exterior e se inclinou a uma realização de lucros após sete altas seguidas, todas inferiores a 1% - ainda assim, a mais longa série de ganhos desde a virada de maio para junho do ano passado.

Hoje, a referência da B3 (SA:B3SA3) cedeu 1,43%, a 113.528,48 pontos, entre mínima de 113.389,12 e máxima de 115.214,29 pontos, saindo de abertura aos 115.180,69. O giro foi de R$ 33,6 bilhões na sessão. Na semana, o Ibovespa passa a cair 0,04%, ainda ganhando 1,23% no mês - em 2022, a alta é de 8,31%. Em Nova York, as perdas do dia, acentuadas ao longo da tarde, ficaram entre 1,78% (Dow Jones) e 2,88% (Nasdaq) no fechamento.

Em meio à retórica do Ocidente, de que a retirada de tropas russas da fronteira com a Ucrânia foi uma encenação e de que a Rússia está pronta a invadir o vizinho, do qual já havia anexado a Crimeia em 2014, Moscou decidiu expulsar o número 2 da diplomacia americana no país.

"O Ibovespa ficou bastante pesado com essa aversão a risco desde o exterior, e, além disso, o minério de ferro caiu 6% hoje no mercado chinês, com recuo (global) também no petróleo após a França sinalizar avanço nas conversas com o Irã sobre o acordo nuclear. Então, não tivemos apoio das commodities, que era o que estava salvando (o Ibovespa) nesse momento de tensão", diz Flávio de Oliveira, head de renda variável da Zahl Investimentos.

"Apesar de a Rússia ter dito que retiraria tropas, o mesmo não se confirmou, e os Estados Unidos ainda afirmam que haverá invasão, o que corrobora esse sentimento de aversão a risco. Nos dados econômicos, os pedidos semanais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiram acima do consenso. Após a ata de ontem, ainda há divisão sobre o que virá na reunião de março do Federal Reserve, um aumento de 0,25 ou de 0,50 ponto porcentual (na taxa de juros de referência)", diz Romero de Oliveira, head de renda variável da Valor Investimentos.

"Um ponto a ser destacado na ata refere-se à velocidade no aumento da taxa de juros, que, dessa vez, pode ser mais acelerado do que na última elevação de juros nos EUA, em 2015, segundo os integrantes do Comitê, caso a inflação não recue conforme o esperado", aponta Paloma Brum, analista da Toro Investimentos. "Essa sinalização de um ritmo mais rápido no ciclo de alta dos juros americanos, em conjunto com um cenário brasileiro potencialmente mais turbulento em ano eleitoral, reforça visão de que podemos observar Selic ainda mais alta do que os 11,75% previstos pelo Copom para o final de 2022", acrescenta.

Na geopolítica, após um breve momento de distensão, a percepção é de que eventual erro de cálculo possa precipitar um conflito, não necessariamente a partir da Ucrânia. Nesta movimentação militar entre Ocidente e Rússia como não se via desde o fim da Guerra Fria, jatos russos teriam interceptado de forma arriscada aviões da Marinha americana que sobrevoavam águas internacionais no Mediterrâneo.

"Mais um dia em risk-off com a situação geopolítica no leste europeu, depois de um alto funcionário da Casa Branca ter dado uma entrevista, ontem à noite, acusando Putin (o presidente russo) de estar mentindo quando diz que procura uma solução diplomática. De acordo com o monitoramento do governo americano e de entidades europeias, a Rússia teria aumentado em 7 mil o número de soldados próximos à fronteira com a Ucrânia nos últimos dias", observa em nota a Guide Investimentos.

A possibilidade de conflito "ganhou força depois de rebeldes apoiados pela Rússia, no leste da Ucrânia, acusarem as forças do governo (ucraniano) de bombardear o território com morteiros", diz Pietra Guerra, especialista de ações da Clear Corretora, chamando atenção também para o recente ajuste dos preços do minério de ferro, agora a US$ 130 por tonelada, que afeta em especial Vale (SA:VALE3) (ON -4,30%) e CSN (SA:CSNA3) (ON -5,85%), dona da mina de Casa de Pedra, mas também outras siderúrgicas, como Gerdau (SA:GGBR4) (PN -5,32%) e Usiminas (SA:USIM5) (PNA -4,07%).

"A gente já vem acompanhando alguns movimentos do governo chinês para coibir operações irregulares, evitar ajustes de preço artificial e, de alguma forma, limitar os ganhos com especulação que o governo estava investigando, em cima do minério", diz Pietra.

Na B3, destaque positivo nesta quinta-feira para Totvs (SA:TOTS3) (+5,81%), Marfrig (SA:MRFG3) (+4,22%), Energias BR (+3,63%) e Sabesp (SA:SBSP3) (+1,68%). Na ponta oposta, o complexo minero-siderúrgico, pela ordem com CSN, Gerdau Metalúrgica (-5,39%, na mínima do dia no fechamento), Gerdau PN, Vale, Usiminas e CSN Mineração (SA:CMIN3) (-3,92%), com apenas Eztec (SA:EZTC3) (-4,30%), fora do grupo, entre os piores desempenhos do dia.

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