Com commodities e China, Ibovespa cai 0,38%, aos 131,5 mil pontos

Publicado 08.10.2024, 14:49
Atualizado 08.10.2024, 18:10
© Reuters.  Com commodities e China, Ibovespa cai 0,38%, aos 131,5 mil pontos

Em sessão marcada por forte correção nos preços do minério de ferro e do petróleo nos mercados globais, o Ibovespa cedeu 0,38% nesta terça-feira, aos 131.511,73 pontos, operando em baixa desde a abertura, aos 132.015,79 pontos. Na mínima do dia, o índice da B3 (BVMF:B3SA3) ficou não muito distante de testar o limiar dos 130 mil, aos 130.370,77. O giro financeiro foi a R$ 20,0 bilhões na sessão. Na semana, o Ibovespa recua 0,21% e, no mês, perde 0,23% - no ano, cai 1,99%.

"No final de semana, surgiram rumores de que a China convocaria coletiva de imprensa para anunciar novos estímulos econômicos, algo que historicamente tem gerado impactos positivos em alguns setores da Bolsa brasileira, como frigoríficos, celulose e minério, altamente dependentes do mercado chinês", aponta Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, referindo-se ao leve desempenho positivo da B3, na segunda-feira, na abertura da semana.

No fato, veio o ajuste do mercado nesta terça-feira: autoridades chinesas decepcionaram ao comentar pacote de resgate anunciado pelo banco central chinês no mês passado, sem anunciar medidas adicionais expressivas. A frustração contribuiu para a correção nas ações da Vale (BVMF:VALE3) (ON -3,03%) e nas de Petrobras (BVMF:PETR4) (ON -2,16%, PN -2,01%), com o minério em queda que chegou a 5% em Cingapura - e com o petróleo em baixa de 4,6% em Londres e em Nova York no fechamento da sessão.

Na reabertura dos mercados da China continental após longo feriado de uma semana, o minério também apresentou, por lá, queda aguda: em Qingdao, cedeu 5,06%, a US$ 104,33 por tonelada, e em Dalian recuou 2,37%, a US$ 111,62 por tonelada.

"Pressão inevitável, hoje, devido à frustração da expectativa com relação a novos estímulos na China. Havia uma onda de otimismo como não se via há muito tempo, que se espraiou do mercado chinês para o de commodities e outros mercados ao redor do mundo. E agora veio a frustração, com um volume de recursos novos bem abaixo do que se previa", diz Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, destacando o ajuste de commodities e das ações correlacionadas, nesta terça-feira.

Dessa forma, para além de Vale e Petrobras, o setor metálico como um todo, em nomes como CSN (BVMF:CSNA3) (-4,70%), e o de energia, com Prio (BVMF:PRIO3) (-3,12%), estiveram entre os mais penalizados. Na ponta perdedora, além das empresas citadas acima, destaque para Usiminas (BVMF:USIM5) (-4,14%), CSN Mineração (BVMF:CMIN3) (-3,66%) e Braskem (BVMF:BRKM5) (-3,34%). No lado oposto, Cogna (BVMF:COGN3) (+12,70%), Azul (BVMF:AZUL4) (+7,48%), Yduqs (BVMF:YDUQ3) (+5,32%) e Pão de Açúcar (BVMF:PCAR3) (+4,90%).

"O mercado tinha grande expectativa quanto ao governo chinês anunciar um grande pacote de estímulos nessa volta do feriado. Com a frustração, veio a queda das commodities, piorando os termos de troca de países exportadores de insumos como o Brasil, com impacto para suas divisas - o que justifica a alta do dólar frente ao real", diz Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital. Assim, nesta terça-feira, o dólar à vista fechou em alta de 0,85%, a R$ 5,5328.

Para além da China, também teria contribuído nesta terça para a correção dos preços do petróleo a indicação de que o Hezbollah estaria aberto a acordo de cessar-fogo com Israel: o conflito no Líbano, com crescente temor de envolvimento direto do Irã, aliado do grupo xiita, resultou na recente escalada das cotações da commodity.

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