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Por Marcelo Teixeira
(Reuters) - O comerciante de café de médio porte Central do Café, no Estado brasileiro de Minas Gerais, suspendeu temporariamente as operações a partir desta semana, buscando renegociar suas dívidas, de acordo com uma nota compartilhada por agricultores na quinta-feira e pela mídia local.
A escassez de suprimentos globais de café fez com que os preços subissem a níveis recordes. Alguns comerciantes e negociantes de commodities sentiram a pressão. Eles ficam expostos se os agricultores não conseguirem entregar os volumes contratados e também têm exposição financeira ao aumento dos preços dos futuros do café.
Os comerciantes de café brasileiros Atlântica e Cafebras obtiveram um período de carência nos tribunais no final do ano passado para renegociar dívidas com clientes depois que as empresas disseram que foram afetadas pela inadimplência dos agricultores.
A Central do Café está sediada em Muzambinho, na região do sul de Minas Gerais, onde a maioria das fazendas de café está localizada no Estado. Ela compra café de produtores locais e o vende a torrefadores ou exportadores. Minas Gerais é o principal estado produtor de café do Brasil, o maior fornecedor de café do mundo.
Um aviso da empresa para seus clientes, compartilhado por um fazendeiro com a Reuters, dizia que a empresa ficaria fechada por um período indeterminado enquanto avaliava sua situação financeira.
"Em breve, convocaremos funcionários e parceiros comerciais para reuniões", disse a Central do Café no aviso, acrescentando que a pausa em suas operações era necessária enquanto tentava renegociar algumas de suas dívidas.
Um jornal local da cidade também publicou a declaração da empresa. A Reuters não conseguiu entrar em contato com a empresa no Brasil.
Os futuros do café arábica em Nova York, uma referência global, subiram 70% no ano passado e estão subindo 37% até agora neste ano devido à oferta limitada no mercado.