SÃO PAULO (Reuters) - O conselho de administração da CCR (SA:CCRO3) aprovou na quinta-feira realização de oferta pública de distribuição primária de, inicialmente, 221.228.522 ações ordinárias, com esforços restritos de colocação, de acordo com fato relevante da empresa de concessões de infraestrutura.
No documento à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a CCR diz que, com base da cotação de fechamento das ações ordinárias da empresa na quinta-feira, de 15,82 reais, o montante total da oferta restrita seria de 4,02 bilhões de reais.
A oferta pode ser elevada em 15 por cento (33.184.278 ações) no caso de elevada demanda dos investidores, diz o fato relevante. A empresa também disse que os atuais acionistas terão prioridade na oferta.
Na semana passada, a Reuters noticiou que a CCR estava negociando com bancos sobre uma oferta para financiar potenciais aquisições. Fontes afirmaram à Reuters na quinta-feira que cerca de 4 bilhões de reais poderiam ser levantados, dependendo das condições de mercado.
O processo de bookbuilding começa na segunda-feira, dia 30 de janeiro, e será encerrado em 9 de fevereiro, quando deve ser fixado o preço. O início de negociações das ações objeto da oferta restrita na Bovespa está previsto para 13 de fevereiro, segundo o cronograma estimado.
Ainda de acordo com o fato relevante, os recursos com a oferta irão integralmente para os cofres da empresa e serão utilizados para reforçar e estabilizar o caixa da CCR e financiar a manutenção, expansão e diversificação da rede de concessões da companhia, "quer pelo investimento em suas atuais concessões, quer pelo investimento em novas concessões".
As ofertas públicas com esforços restritos diferem das ofertas padrão de ações, uma vez que a empresa não precisa solicitar o registro do plano com a CVM, apenas investidores qualificados podem participar e os negócios não podem ser comercializados através de roadshows ou mídia.
A CCR contratou para coordenar a oferta Bradesco (SA:BBDC4) BBI, o BB (SA:BBAS3) Investimentos, o BTG Pactual (SA:BBTG11), o Santander Brasil (SA:SANB11), JPMorgan e Itaú (SA:ITUB4) BBA.
(Por Paula Arend Laier e Guillermo Parra-Bernal)