Por Paula Arend Laier
(Reuters) - As vendas de cerveja Brasil da Ambev (SA:ABEV3) devem crescer cerca de 8% no terceiro trimestre, enquanto os volumes devem recuar ao redor de 1%, estimou a analista do Credit Suisse (SIX:CSGN) (SA:C1SU34)Marcella Recchia, em relatório nesta terça-feira.
"Mais uma vez, as iniciativas de precificação (carry no quarto trimestre de 2020 e aumentos em junho), melhor mix ajudado pela inovação e reabertura local, bem como a otimização de descontos apoiaram a força de preço/mix", afirmou.
Ela acrescentou que não espera efeito nos volumes ou preço/mix com o aumento de preços anunciado para outubro.
Para o resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), a analista calcula queda de 14% ano a ano do ano passado, para 1,9 bilhão de reais, com margem de 26,5%.
Recchia estima pressão de custos (com alta de 18% no custo de produto vendido à vista/hl ano a ano) e despesas com vendas, gerais e administrativas mais pesadas (+21%), em última análise lideradas por maiores acúmulos de bônus e gastos com marketing.
"Embora a pequena queda no volume possa surpreender positivamente, acreditamos que os investidores continuem focados na trajetória de recuperação da margem Ebitda no futuro."
Ela reiterou a recomendação 'outperform' para as ações da fabricante de bebidas, mas reduziu o preço-alvo dos papéis de 21,50 para 18,50 reais, citando estimativa de lucro menor em 2022 com pressão de custo de insumos e maior custo de capital.
Na véspera, as ações fecharam a 15,04 reais, com a performance em 2021 negativa em 3,44%.
Ambev divulga seu balanço do período de julho a setembro no dia 28 de outubro.