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Dados da China impedem Ibovespa de seguir queda em Nova York

Publicado 17.05.2021, 08:01
Dados da China impedem Ibovespa de seguir queda em Nova York
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O tom negativo dos mercados de ações e do petróleo no exterior limita o Ibovespa de subir de forma expressiva nesta segunda-feira, 17, mas ainda assim a bolsa tenta sustentar os 122 mil pontos nesta manhã, dando continuidade a três pregões seguidos de alta. O amparo vem de novos indicadores reforçando a retomada econômica da China, ainda que desigual. O índice brasileiro fechou em alta de 0,97%, aos 121.880,82 pontos, na sexta-feira, após ganho de 0,83% na véspera. Às 10h49 desta segunda, subia 0,19%, aos 122.116,99 pontos, após máxima intradia aos 122.216,22 pontos.

Em abril, a produção industrial do país asiático saltou na comparação anual, superando as previsões do mercado, enquanto as vendas do varejo subiram menos do que o imaginado no período. Os investimentos, por sua vez, cresceram 19,9% de janeiro a abril, ficando maior do que previsto (19,2%).

Já o minério de ferro no porto chinês de Qingdao subiu 4,30%, fechando a US$ 217,77 a tonelada, nesta segunda-feira. Ainda nessa linha, a produção brasileira de aço bruto chegou a 3,1 milhões de toneladas em abril, aumento de 59,3% frente ao apurado no mesmo mês de 2020.

No horário citado acima, as ações ligadas aos setor de commodities metálicas eram destaque de elevação no Ibovespa: Usiminas PNA (SA:USIM5) (2,32%), CSN ON (SA:CSNA3) (1,66%), Gerdau PN (SA:GGBR4) (1,55%) e Vale On (SA:VALE3) (1,53%). Porém, a liderança era Braskem PNA (SA:BRKM5) (4,16%), refletindo o dólar alto na faixa de R$ 5,31. Vale citar ainda que a empresa informou que informou que seu conselho de administração autorizou a venda em bolsa de 902.166 ações PNA mantidas em tesouraria, ao constatar que foi excedido o saldo de recursos disponíveis, conforme apurado em suas últimas demonstrações contábeis.

Ao mesmo tempo, o aquecimento das commodities e até mesmo da economia mundial têm renovado temores em relação à inflação global. Por isso, nesta semana a atenção dos investidores ficam especialmente na ata do Federal Reserve, na quarta-feira. "Essa é a grande preocupação. Com certeza vai continuar puxando a curva de juros, é inevitável", diz o economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni.

Já nesta segunda-feira, a reunião de analista com diretores do Banco Central (BC) em São Paulo ficará no radar, à medida que a inflação por aqui continua acelerando. Em maio, o IGP-10 avançou a 3,24%, ante 2,71%, em abril, superando todas as estimativas na pesquisa Estadão/Broadcast (1,89% a 3,11%, mediana de 2,72%).

Conforme o BTG Pactual digital, a tendência é que nos próximos meses o ambiente siga misto para as commodities. Como força de baixa, cita em nota, o forte recrudescimento da curva de contágio da covid-19 na Índia ameaça a demanda por petróleo. Já do lado de alta, escreve, a retomada dos EUA e da China e a falta de insumos na indústria têm levado ao aumento dos preços das commodities.

Apesar da avaliação de que os indicadores da China informados entre a noite de ontem e a madrugada de hoje mostram uma retomada que ainda não é uniforme, Velloni acredita que poderão influenciar a Bolsa positivamente hoje. "Esses dados podem ajudar, mas como houve valorização forte Nova York nos dois últimos pregões e hoje cai, isso pode inibir um pouco o Ibovespa, mas ainda há perspectiva de que fique descolado do exterior", pondera.

Outro fator considerado positivo por analistas é a estimativa de avanços das reformas tributária e administrativa esta semana, apesar da CPI da Covid gerar certo incômodo.

A despeito da expectativa de votação da MP da privatização da Eletrobras (SA:ELET3), que poderá ser votada esta semana no plenário da Câmara, as ações cedem em torno de 2,5%.

Na seara dos balanços, a Cemig (SA:CMIG4) registrou lucro líquido de R$ 422,3 milhões, ante prejuízo de R$ 68,1 milhões reportados em igual período do ano, enquanto a Rede D'or São Luiz (SA:RDOR3) teve lucro e Ebitda recordes no primeiro trimestre. As ações subiam 2,46%.

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