Investing.com – Os mercados buscam manter a tendência de alta iniciada no final de 2023, mas qual é o melhor momento para investir?
Ben Laidler, estrategista global da eToro, analisa o que chama de "efeito noturno": a maior rentabilidade do S&P 500 nas operações noturnas, em comparação com as diurnas.
Esse fenômeno, no entanto, tem perdido força recentemente, possivelmente por ser mais conhecido, pela maior oferta de negociação fora do horário tradicional e pelas notícias negativas da China e Europa.
O "efeito noturno" é observado em outros grandes mercados, de Canadá a Hong Kong, e é mais forte nos ativos mais populares entre os investidores de varejo. Porém, é difícil de replicar de forma lucrativa, devido à menor liquidez e maior volatilidade da negociação noturna. Por isso, o ETF (NSPY) criado para seguir esse efeito foi encerrado rapidamente.
Ainda assim, a negociação noturna oferece a chance de reagir aos balanços fora do horário regular de pregão, como os da Meta (NASDAQ:META) e Tesla (NASDAQ:TSLA) na semana passada, ou aos dados macroeconômicos, como o relatório de emprego dos EUA na sexta-feira. E pode ser mais conveniente para os investidores de varejo que trabalham durante o dia. Isso pode ter aumentado o tamanho e a persistência do efeito em ativos dominados pelo varejo, como Tesla, Grayscale bitcoin e GameStop (NYSE:GME).
Segundo Laidler, o retorno acumulado do índice S&P 500 durante a noite, representado pelo ETF SPY, foi de 800%, contra 200% durante o horário comercial (veja o gráfico).
"Isso se compara à variação do fechamento do dia anterior com a abertura do dia seguinte. Só recentemente o retorno durante o pregão das 9:30 às 16:00 horas foi positivo. Fizemos essa análise nos dez ETFs mais antigos. Na maioria deles, vimos uma tendência similar de maior rentabilidade durante a noite: EUA, Canadá, México, Hong Kong e Singapura, mas não no Reino Unido, Japão, Alemanha ou Austrália", conclui o estrategista da eToro.