Estudo mostra que setor automotivo da Alemanha sofre ameaça de importações chinesas

Publicado 15.09.2023, 16:58
© Reuters.

Investing.com – A Alemanha, maior centro de produção de automóveis da Europa, viu recentemente suas importações de carros e componentes automotivos da China crescer 75%, ao mesmo tempo em que as exportações para o país asiático diminuíram, mostrando os obstáculos cada vez maiores que a indústria automobilística alemã vem enfrentando.

Um recente estudo conduzido pelo Instituto Econômico Alemão (IW) destacou que o mercado local recebeu novas marcas de carros chineses este ano, elevando o número total para oito, as quais representam uma fatia ainda modesta de apenas 1,5% das vendas de veículos no país.

A divulgação desse estudo ocorre poucos dias após a Comissão Europeia anunciar o início de uma investigação para determinar se é necessário impor tarifas punitivas para proteger os produtores da União Europeia (UE) contra a entrada de veículos elétricos chineses mais baratos que, segundo as autoridades, se beneficiam de subsídios estatais.

No primeiro semestre do ano, as exportações de automóveis e peças da Alemanha para a China caíram 21%, elevando a queda geral nas exportações do país ao parceiro asiático para 8%.

Juergen Matthes e Thomas Puls, pesquisadores responsáveis pelo estudo, enfatizam que a Alemanha está enfrentando uma tensão cada vez maior no seu tradicional modelo de negócio automobilístico, que era centrado na exportação de veículos de alta qualidade para mercados internacionais. Eles também apontam que uma quantidade crescente da produção, inclusive de veículos de classe premium, está sendo transferida para a China.

Embora a Alemanha já tenha sido criticada anteriormente por sua hesitação em se afastar da dependência chinesa, parece estar adotando uma postura mais firme nos últimos anos, juntando-se aos esforços ocidentais para diminuir a dependência ao país asiático.

De acordo com o estudo do IW, há sinais indicativos de que a Alemanha está iniciando um processo gradual de desassociação econômica com a China, como demonstrado pela redução global de 17% nas importações provenientes do país durante a primeira metade do ano.

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