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EXCLUSIVO-Paraguai avança com oferta para gasoduto entre Argentina e Brasil de US$1,5 bi

Publicado 07.05.2024, 07:35
Atualizado 07.05.2024, 07:40
© Reuters. Gasoduto em construção na Argentina para transporte de gás do campo de Vaca Muerta
26/04/2023
REUTERS/Martin Cossarini
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Por Lucinda Elliott

MONTEVIDÉU (Reuters) - O Paraguai está avançando nas negociações com empresas de energia e altos funcionários do governo da Argentina e do Brasil sobre um gasoduto potencial de 1,5 bilhão de dólares para conectar os três países, disseram à Reuters altos funcionários do governo do Paraguai e do Brasil.

O plano que está sendo elaborado pelo Paraguai, relatado em detalhes pela primeira vez, visa competir com uma oferta rival boliviana para reaproveitar os gasodutos existentes para transportar gás argentino para o Brasil. Se qualquer um dos projetos for concretizado, marcaria uma grande mudança potencial nos fluxos energéticos regionais.

"Queremos assinar um memorando de entendimento em nível presidencial (para o gasoduto) em junho", disse à Reuters Mauricio Bejarano, vice-ministro de Minas e Energia do Paraguai. "Há um apoio geral ao projeto."

À medida que o declínio da produção de gás na Bolívia força o Brasil a procurar outros fornecedores, a opção potencial de gás proveniente da próspera região de shale gás de Vaca Muerta, na Argentina, através do Chaco paraguaio, está ganhando força, disse Rodrigo Maluff, vice-ministro de Investimentos do Paraguai. Isso envolveria um investimento estimado de 1,2 bilhão a 1,5 bilhão de dólares, em parte do setor privado, acrescentou.

Governos e empresas da Argentina e do Brasil também têm conversado com a Bolívia desde o ano passado sobre o que consideram ser a opção mais rápida e barata para transportar gás de Vaca Muerta ao norte da região, o que envolveria a reversão do fluxo da rede de gasodutos da Bolívia.

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Nos últimos meses, autoridades paraguaias cortejaram investidores em São Paulo, reuniram-se com o ministro de Minas e Energia do Brasil (BVMF:ENBR3) em Assunção e autoridades da Argentina. A Tecpetrol, que controla cerca de 15% da produção de shale gás da Argentina, fez parte dessas últimas negociações, assim como a Pluspetrol, com sede em Buenos Aires, disse Maluff.

As empresas não responderam a um pedido de comentário.

Os paraguaios afirmaram que a capacidade diária inicial do gasoduto está projetada em 15 milhões de metros cúbicos na primeira etapa.

Alexandre Silveira, ministro brasileiro de Minas e Energia, que viajou para Assunção em abril, disse à Reuters que estava ciente da intenção do Paraguai e expressou apoio, mas disse que mais estudos eram necessários.

"Nós ficamos de marcar uma reunião com o setor privado, para que o setor estude melhor... esta viabilidade", disse Silveira.

Os planos compartilhados com a Reuters mostram que o novo gasoduto percorreria 110 quilômetros de Campos Duran, no norte da Argentina, até a fronteira com o Paraguai, atravessando outros 530 quilômetros de terras áridas e planas no Chaco paraguaio para chegar ao Brasil.

Um adicional de 400 km de gasoduto ligaria Carmelo Peralta, na fronteira Paraguai-Brasil, ao Mato Grosso do Sul e de lá potencialmente se juntaria à linha Gasbol existente para São Paulo, a maior cidade do Brasil.

Os governos da Bolívia e da Argentina não responderam aos pedidos de comentários.

A Bolívia tem sido por anos um importante fornecedor de gás para o Brasil e a Argentina, mas o declínio da sua produção e o crescimento potencial da região de shale de Vaca Muerta estão prestes a mudar a dinâmica do fluxo de energia.

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Silveira disse que as duas propostas não são mutuamente exclusivas: "As duas rotas não são excludentes", afirmou. A opção do Paraguai ajudaria o Brasil a fornecer energia para a fábrica de fertilizantes localizada em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, acrescentou.

O Brasil deixou claro que o gás argentino de Vaca Muerta -- a segunda maior formação de gás de shale do mundo e a quarta maior de óleo de shale -- será necessário para equilibrar o abastecimento devido ao declínio na produção de gás da Bolívia.

"O Brasil representa a demanda", disse o especialista em energia Victorio Oxilia, professor da Universidade Nacional de Assunção. "Sem o mercado brasileiro nada acontece, então o posicionamento que o país assume com um projeto é fundamental."

(Reportagem de Lucinda Elliott; Reportagem adicional de Matteo Negri em Roma, Fabio Teixeira no Rio de Janeiro, Daniela Desantis em Assunção e Eliana Razsewski em Buenos Aires)

Últimos comentários

E as viúvas do Bozo não param de chorar ... Escolheram errado o cara, só focado em retirar o PT do caminho, e não importando de que forma, vocês também são responsáveis por te-los de volta. Passou da hora de parar de chorar e pensar em alguém mais qualificado para as próximas eleições.
Em se tratando de Petrobras, um investimento de 1,5 bi de dólares pode se transformar em 20 bi
tbm acredito muito ... - 20 Bi
só U$ 1,5 BI , moleza pra nossa grandiosa Petrobrás.
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