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FECHAMENTO: Parecer da Previdência e exterior benigno impulsionam Ibov perto dos 99 mil pontos

Publicado 13.06.2019, 18:10
© Reuters.

Investing.com - Os principais eventos do dia foram favoráveis para a fomentar o sentimento bullish nos principais índices mundiais, embora alguns deles suscitem preocupações a médio e longo prazos. No exterior, o salto do preço do petróleo, pressão governamental na China para intensificar estímulos à economia em meio à disputa comercial e indicadores apontando esfriamento do mercado de trabalho americano que fortalecem a expectativa de corte dos juros pelo Fed estimularam o apetite ao risco no exterior.

No Brasil, a apresentação do parecer da reforma da Previsão pelo relator Samuel Moreira (PSDB-SP) na Comissão Especial da Câmara dos Deputados foi o centro das atenções. O texto agradou os investidores, impulsionando o Ibovespa para alta no dia.

Apesar de retirada de pontos importantes – algumas delas esperadas -, houve manutenção da proposta original de economia estimada em 10 anos a partir de uma combinação de endurecimento para as regras de aposentadoria, remanejamento do uso de tributos e elevação de impostos. O parecer prevê uma economia de 913,4 bilhões de reais em 10 anos, abaixo dos mais de 1 trilhão de reais previstos no texto original do governo.

O parecer inclui, no entanto, receita de 217 bilhões de reais, resultado do fim da transferência de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além de aumento da alíquota de CSLL aos bancos, o que derrubou as ações do setor. Veja os principais pontos aqui.

O Ibovespa subiu 0,46% a 98.773,70, com a máxima a 99.364 pontos. O Ibovespa futuro chegou a tocar, no fim da tarde, nos 100 mil pontos, mas recuou para a faixa dos 99 mil. O volume financeiro negociado foi de R$ 18,6 bilhões, com 77,27% dos papéis fechando no azul.

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A BRF (SA:BRFS3) liderou os ganhos com alta de 5,81% a R$ 28,57, influenciada pela expectativa em relação à fusão com a Marfrig (SA:MRFG3), que também subiu nesta sessão, com alta de 4,45% a R$ 6,80. As duas empresas também foram beneficiadas com o fim do embargo às exportações de carne bovina brasileira à China, que foram impostas temporariamente devido a um caso isolado do “mal da vaca louca” em Mato Grosso. A JBS (SA:JBSS3), por outro lado, liderou as perdas, com queda de 2,62% a R$ 21,55, com rebaixamento da recomendação do JPMorgan para venda do papel.

Já o dólar caiu no Brasil, movimento contrário ao que se viu no exterior com fortalecimento da moeda americana. O dólar caiu em relação ao real 0,36% a R$ 3,8546 sob o otimismo com a tramitação da reforma da Previdência. No exterior, o índice dólar, que mensura a força da moeda americana em uma média ponderada de uma cesta com seis divisas subiu 0,06% a 97,05, com a desvalorização do euro e da libra.

A exceção foi o iene, que se valorizou em relação ao dólar 0,10% a 108,38 ienes. A moeda japonesa é um ativo porto-seguro na Ásia, e sua procura aumenta quando incertezas aumentam. É o que acontece desde o mês passado, quando foi retomada a escalada da tensão comercial entre EUA e China com cada país impondo tarifas sobre exportações do outro.

EUA-China

O Ministério do Comércio da China afirmou nesta quinta-feira que o país não irá se render a nenhuma "pressão máxima" dos Estados Unidos, e qualquer tentativa dos EUA de forçar a China a aceitar um acordo comercial vai falhar. Foi uma resposta às ameaças do presidente dos EUA Donald Trump de elevar as tarifas de produtos chineses que ainda não foram taxados caso a China não feche um acordo que contenha quatro, cinco assuntos pertinentes aos americanos, sem Trump revelar quais sejam eles.

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A percepção de que a disputa comercial vai se prolongar foi amplificada com o vice-primeiro-ministro chinês pressionando autoridades regulatórias para aumentar estímulos de apoio à economia e prover liquidez aos mercados, como forma de compensar o setor de exportações prejudicado com a disputa com os americanos. A pressão estimulou o índice de Xangai a uma variação positiva de 0,05%, apesar de o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen cair 0,15%.

Outros ativos portos-seguros também tiveram uma procura elevada com a tensão comercial, especialmente com preocupações relacionadas ao crescimento global. O ouro subiu 0,68% a US$ 1.345,85 a onça-troy, enquanto o rendimento dos títulos de 10 anos do Tesouro americano caiu para 2,095%, mantendo a inversão da curva de juros com os títulos de prazos menores. A elevação da demanda pelos títulos diminuiu o preço dos rendimentos. A inversão da curva de juros tradicionalmente é vista como sinal de recessão econômica nos EUA em breve, reforçada pela disputa comercial e indicadores do mercado de trabalho que mostram arrefecimento.

Nesta quinta-feira, o pedido inicial por seguro-desemprego na semana que se encerrou em 8 de junho subiu inesperadamente, enquanto o consenso era de queda. Houve um aumento de 3 mil novos pedidos comparado à semana anterior, para 222 mil. O consenso era uma queda para 216 mil novos pedidos.

Desta forma, a expectativa de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros do Fed na próxima reunião em 19 de junho aumentou para 28,3%, de acordo com o Monitor da Taxa de Juros do Fed do Investing.com. Na reunião seguinte, a probabilidade de ao menos um corte é de 89,1%. Para a reunião de setembro, a expectativa de ao menos 2 corte de 0,25 está em 72%. E já há a probabilidade de três cortes para a reunião de dezembro prevalecendo, com chances de 60,7%.

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Petróleo impulsionam ações em Wall Street

A expectativa de corte dos juros impulsionou o apetite ao risco em Wall Street, cujos principais índices fecharam em alta impulsionados com a valorização das ações de energia com o aumento do preço do petróleo. Dow Jones subiu 0,39%, S&P 500 teve ganhos de 0,43%, enquanto Nasdaq saltou 0,57%.

Os preços do petróleo fecharam em alta de 2,2% nesta quinta-feira, depois de ataques a dois navios-tanques no Golfo de Omã gerarem preocupações a respeito de uma redução no fluxo de petróleo em uma das principais rotas marítimas do mundo.

Os ataques ofuscaram pressões baixistas sobre o petróleo. Na quarta-feira, os estoques americanos subiram inesperadamente, e hoje houve revisão para baixo da demanda estimada pela Opep em 2019.

Ações

- PETROBRAS PN (SA:PETR4) e PETROBRAS ON (SA:PETR3) subiram 1,2% e 1,4% respectivamente, com o petróleo valorizando-se mais de 2% no exterior e após a companhia divulgar que recebeu propostas finais para venda de ativos em águas rasas dos polos Enchova e Pampo, na Bacia de Campos, de mais de 1 bilhão de dólares, considerando pagamentos firmes e contingentes.

- ITAÚ UNIBANCO PN (SA:ITUB4) fechou em baixa de 1,8%, em sessão bastante negativa para o setor, após parecer da reforma da Previdência defender que a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) pelas instituições financeiras volte a ser de 20%, de 15% atualmente. BRADESCO PN (SA:BBDC4) cedeu 1,1%, SANTANDER BRASIL recuou 1,3% e BANCO DO BRASIL (SA:BBAS3) caiu 1,6%.

- VALE (SA:VALE3) fechou com elevação de 0,7% também beneficiada pela alta dos preços do minério de ferro na China. Na véspera, executivos da mineradora se reuniram com analistas, que publicaram em notas que a empresa prevê retomar em breve 100% da capacidade de sua importante mina Brucutu, de 30 milhões de toneladas anuais de minério de ferro, e recuperar parte da produção em outras minas no segundo semestre.

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- SUZANO (SA:SUZB3) valorizou-se 5,5%, quase zerando as perdas em junho, em movimento de recuperação, após fechar maio com declínio de mais de 20%, dado o ambiente o momento fraco do setor de celulose, afetado pelo aumento das tensões comercias, deterioração das condições macroeconômicas e estoques recordes. KLABIN subiu 2,8%.

- MAGAZINE LUIZA (SA:MGLU3) avançou 3,2%, após elevar sua oferta pela Netshoes (NYSE:NETS) de 3 para 3,70 dólares por ação, igualando o valor à proposta do concorrente Grupo SBF CNTO3.SA, e o conselho de administração da Netshoes reafirmar recomendação para que acionistas da empresa de varejo online votem favoravelmente à aprovação da operação. [nL2N23K080]

- BRASKEM PNA (SA:BRKM5) subiu 2,95%, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspender decisão que impedia a petroquímica de fazer assembleia para discutir a distribuição de dividendos a acionistas. A suspensão está condicionada a seguro garantia no valor integral dos dividendos a serem distribuídos, de aproximadamente 2,6 bilhões de reais.

- ELETROBRAS PNB (SA:ELET6) e ELETROBRAS ON (SA:ELET3) caíram cerca de 2% cada. Na véspera, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu contra a companhia em julgamento sobre empréstimo compulsório. Em comunicado ao mercado, a elétrica de controle estatal afirmou que prosseguirá na discussão judicial por meio dos recursos cabíveis.

*Reuters colaborou com essa matéria

Últimos comentários

Próximo Copom taxa cai no mínimo 0,25. A cada dia temos mais brasileiros investindo em ações, fora os estrangeiros, que agora com as reformas vão entrar em peso. Lembro que no começo do ano, falavam em 150 mil pontos até dezembro, quem sabe. O que não faltam são ações baratas para compra, inclusive recomendo Suzano e Cielo.
Cielo???
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