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Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta quarta-feira

Publicado 29.12.2021, 07:32
© Reuters.
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Por Peter Nurse e Leandro Manzoni

Investing.com - Fusão e aquisição no setor de shoppings centers no Brasil e divulgação da "inflação do aluguel". Os casos da Omicron continuam a disparar na Europa e nas Américas, mas os mercados de ações permanecem aquecidos.

Elon Musk exerceu todas as suas opções na Tesla (NASDAQ:TSLA), potencialmente reduzindo a pressão de venda sobre as ações da montadora de veículos elétricos. E os estoques de petróleo bruto nos EUA voltaram a cair. O Bitcoin está lateralizado.

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na quarta-feira, 29 de dezembro.

CONFIRA: Calendário Econômico do Investing.com

1. Expectativa de fusão no Brasil

As ações de shopping centers são negociadas próximas ao patamar mínimo da Covid-19, com os investidores questionando o modelo de negócios do setor no pós-pandemia. Além de o valuation ser castigado pela alta da taxa Selic.

Esse cenário condiciona a possibilidade de fusões e aquisições entre empresas do setor. É o que informa o site Brazil Journal, que ouviu fontes de que o Aliansce Sonae (SA:ALSO3) contratou o BTG Pactual (SA:BPAC11) para avaliar aquisição ou fusão com a BR Malls (SA:BRML3).

A eventual futura empresa teria sinergias para redução de custos de marketing e no esforço digital, como também aumentaria o poder de barganha nas negociações com lojistas. Com um potencial valuation de R$ 12 bilhões, a nova companhia teria 69 shopping centers entre estabelecimentos próprios e os que são administrados.

Em outras empresas, a Marisa Lojas (SA:AMAR3) cobriu 55% do aumento de capital de R$ 250 milhões anunciada no início de dezembro. Enquanto a Movida (SA:MOVI3) entrou no mundo digital oferecendo o serviço de locação de veículos no marketplace do Mercado Livre (NASDAQ:MELI) (SA:MELI34), segundo o site Neofeed.

Nos dados econômicos divulgados hoje, o IGP-M, indicador que reajusta o valor dos aluguéis, fechou 2021 em alta de 17,78%, após voltar a acelerar no último mês do ano. Em dezembro, o índice avançou 0,87% em relação ao mês anterior, após ficar praticamente estável em novembro, quando registrou leve alta de 0,02%. Os dados de dezembro vieram acima da expectativa de 0,65% dos economistas do mercado.

LEIA MAIS: O que esperar dos mercados globais em 2022

2. Avanço da ômicron

O sentimento de risco pode aumentar no apagar das luzes de 2021 com o avanço de casos de Covid-19. Isso significa que as negociações podem retomar a volatilidade com o retorno dos investidores no ano que vem.

A atualização semanal da Organização Mundial da Saúde, publicada na terça-feira, mostrou que o número de novas infecções por Covid-19 cresceu 57% na Europa na semana anterior a 26 de dezembro e 30% na região das Américas.

A França liderou os casos, relatando o maior número diário da Europa, com 179.807 infecções na terça-feira, mas Itália, Grécia, Portugal e Inglaterra também relataram altas recordes.

Embora existam algumas restrições de mobilidade em vigor na Europa, muitos governos nacionais têm relutado em implementar bloqueios em massa novamente, apegando-se a estudos que sugerem que a cepa ômicron, atualmente dominante do coronavírus, é menos prejudicial do que a variante Delta.

É discutível quanto tempo essa postura pode durar se os casos continuarem a aumentar, especialmente com a Organização Mundial da Saúde alertando que o aumento de casos empurrará os sistemas de saúde à beira do colapso.

LEIA MAIS - 2022: Fantasma da recessão deve assombrar o Brasil junto com juros e dólar altos

3. Wall Street deve retomar alta; diminui pressão sobre a Tesla

As ações dos EUA devem abrir marginalmente em alta na quarta-feira, continuando a recente alta em meio ao otimismo de que a variante Omicron não será tão economicamente prejudicial quanto se temia inicialmente.

Às 09h17, Dow Jones futuros subia 0,01%, S&P 500 futuros avançava 0,08% e os futuros do Nasdaq 100 tinha ganhos de 0,16%. O Ibovespa Futuros abriu com estabilidade, com ligeira baixa de 0,03%, enquanto o EWZ, ETF que mede o desempenho das ações brasileiras em Wall Street, tinha leve avanço de 0,07% no pré-mercado em Nova York.

O índice Dow Jones fechou quase 100 pontos acima na terça-feira, seu quinto dia consecutivo de alta, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq Composite tiveram leve queda.

O número de casos da Covid está aumentando nos EUA, com mais de 4,1 milhões de casos neste mês, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, bem acima da contagem de novembro de 2,54 milhões.

No entanto, a administração Biden deixou claro que um bloqueio nacional não está nos planos, enquanto os Centros de Controle e Prevenção de Doenças recentemente encurtaram sua recomendação de isolamento para pessoas com teste positivo se não apresentarem sintomas.

Em notícias corporativas, a Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34) suspendeu as operações para sua linha de produtos iPhone na Foxconn (TW:2354) em Sriperumbudur, Índia, citando más condições de trabalho, enquanto JD.com (NASDAQ:JD) (SA:JDCO34) intensificou a operação de recompra de ações, de US$ 2 bilhões para US$ 3 bilhões.

Já os investidores da Tesla ficarão satisfeitos em saber que o CEO Elon Musk exerceu todas as suas opções de venda que expiram no próximo ano, potencialmente sinalizando o fim das vendas de suas ações.

As ações da Tesla perderam cerca de um quarto de seu valor depois que Musk, em novembro, perguntou a seus seguidores no Twitter se ele deveria vender 10% de sua participação, principalmente para pagar uma conta de impostos. Musk disse na semana passada que alcançaria sua meta de 10% "quando as vendas pré-programadas do 10b forem concluídas", algo que a empresa disse que foi feito na terça-feira.

CONFIRA: Cotação em tempo real das ações dos EUA no pré-mercado

4. Bitcoin lateralizado

A recente venda de Bitcoin continuou na quarta-feira, com a maior e mais conhecida criptomoeda do mundo caindo 4,76% a US$ 46.872 após cair mais de 6% na véspera. Isso significa que a moeda digital caiu 31% em relação à máxima do ano de US$ 69.000 em 10 de novembro.

O mercado de criptomoedas entrou no pensamento do investidor este ano, com o Bitcoin atingindo US$ 1 trilhão em valor de mercado pela primeira vez em fevereiro.

Dito isso, um novo estudo descobriu que, depois de mais de 12 anos de existência, as propriedades do Bitcoin ainda estão concentradas em poucos indivíduos. De acordo com um estudo do National Bureau of Economic Research, o 1% dos maiores detentores da principal moeda digital possui 27% dos 19 milhões de Bitcoins atualmente em circulação.

“Essa concentração inerente torna o Bitcoin suscetível ao risco sistêmico”, escreveram os pesquisadores Igor Makarov e Antoinette Schoar, “e também implica que a maioria dos ganhos com a adoção futura provavelmente cairá desproporcionalmente para um pequeno grupo de participantes.”

LEIA MAIS: Após ano de embargos, frigoríficos brasileiros devem ter transições nas margens

5. Queda do petróleo após fortes altas

Os preços do petróleo se estabilizaram e iniciaram realização de lucros na quarta-feira, após a recuperação da sessão anterior, já que os dados da indústria apontavam para uma grande queda nos estoques de petróleo bruto dos EUA, sugerindo a continuidade da demanda do maior consumidor mundial.

Às 09h27, o petróleo WTI caía 0,54%, a US$ 75,56 o barril, enquanto o petróleo Brent recuava 0,32%, a US$ 78,42 o barril. Ambos os contratos estão sendo negociados perto de seus níveis mais altos em um mês.

CONFIRA: Cotação das principais commodities globais

Dados do Instituto Americano do Petróleo, divulgados na terça-feira, mostraram que os estoques de petróleo bruto dos EUA caíram 3,1 milhões de barris na semana encerrada em 24 de dezembro.

Os dados oficiais da Energy Information Administration dos EUA devem ser entregues na quarta-feira, e se o sorteio for confirmado, seria um quinto declínio semanal consecutivo, o maior período desde setembro.

A recuperação global da pandemia de Covid, apesar da ascensão da variante Omicron, juntamente com a abordagem cautelosa da Organização dos Países Exportadores de Petróleo em restaurar o fornecimento, está empurrando o petróleo para seu maior ganho anual em mais de uma década.

A OPEP e seus aliados, incluindo a Rússia, um grupo conhecido como OPEP+, devem se reunir na próxima semana para avaliar a política de produção rumo a 2022.

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