Investing.com - O mercado futuro de Wall Street aponta para uma abertura estável com sinais desiguais, já que investidores estão comedidos aguardando a votação no Congresso do plano do sistema de saúde que pode ser o primeiro teste da capacidade do presidente norte-americano Donald Trump de avançar em mudanças políticas, antes de enfrentar a reforma tributária, os gastos e a desregulamentação.
O blue chip futuros do Dow estava inalterado às 6h55 em horário local (7h55 em horário de Brasília), os futuros do S&P 500 ganhavam 2 pontos, ou 0,09%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 avançava 1 ponto, ou 0,02%.
Revogar e substituir a lei de cuidados de saúde acessíveis de (Affordable Care Act, em inglês), sancionada pelo presidente Barack Obama, é o primeiro teste importante da habilidade legislativa de Trump e de sua capacidade de manter suas grandes promessas aos empresários.
De acordo com relatórios, a Casa Branca propôs retirar uma lista de "benefícios essenciais de saúde" em uma ação para obter apoio do grupo conservador de representantes na Câmara chamado Freedom Caucus, que tem se oposto ao projeto.
O Freedom Caucus afirmou que 25 de seus membros são contrários a uma versão prévia do projeto e acredita-se que Trump não possa perder mais do que 22 para que o novo plano possa passar.
Trump deve se reunir com membros do Freedom Caucus nesta quinta-feira às 12h30 em horário de Brasília, afirmou a Casa Branca.
Investidores veem as dificuldades da administração Trump quanto à aprovação da reforma do sistema de saúde como um sinal de que ele possa enfrentar adversidades em termos de cortes na tributação de empresas, reforma de regulamentações e gastos com infraestrutura.
Estrategistas tem alertado há semanas que os mercados preveem um cenário em que nada dá errado na agenda de Trump.
Quanto a dados econômicos nesta quinta-feira, os pedidos semanais de seguro-desemprego serão divulgados às 9h30 em horário de Brasília, e as vendas de imóveis novos estarão disponíveis às 11h, também em horário de Brasília.
Agentes do mercado também estarão atentos aos comentários de abertura de Janet Yellen, presidente do Federal Reserve, em conferência do Fed (Federal Reserve System Community Development Research Conference) às 9h45 em horário de Brasília, eu uma remota possibilidade de que ela possa fornecer algum indício sobre a probabilidade de aumento das taxas de juros nos próximos meses.
O banco central norte-americano elevou a taxa de juros na quarta-feira da semana, porém manteve sua perspectiva de mais dois aumentos este ano, e não três conforme o mercado esperava.
Os mercados não apostam em um patamar maior do que 50% de chances de um aumento dos juros até a reunião de julho, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com.
Neel Kashkari, presidente do Fed de Mineápolis, e Rob Kaplan, dirigente do Fed de Dallas, também estão na pauta de quinta-feira.
Enquanto isso, preços do petróleo se recuperam de uma mínima de quatro meses atingida no pregão anterior, já que operadores do mercado ponderam as altas históricas nos estoques norte-americanos frente aos esforços de produtores importantes para cortar a produção e reduzir um excesso global antes da reunião do comitê técnico este fim de semana que analisará a conformidade nos acordo de cortes de produção e espera-se que a possibilidade de extensão do acordo seja discutida.
Contratos futuros de petróleo nos EUA ganharam 0,62%, atingindo US$ 48,34 às 6h56 em horário local (7h56 em horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent teve aumento de 0,61%, com o barril negociado a US$ 50,94.