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Siderúrgicas dizem que haverá demissões sem tarifa de importação de aço de 25%

Publicado 27.09.2023, 12:25
© Reuters. 30/07/2013. 
REUTERS/David McNew

SÃO PAULO (Reuters) -Grandes produtores de aço do Brasil fizeram nesta quarta-feira a mais forte cobrança pela criação de mecanismos de proteção comercial pelo governo federal dos últimos anos, com dirigentes de empresas como Gerdau (BVMF:GGBR4) e ArcelorMittal citando possibilidade de onda de demissões diante da capacidade ociosa de 40% do setor.

O presidente-executivo da Gerdau, Gustavo Werneck, afirmou que a companhia está perto de promover demissões no Brasil. O executivo citou a necessidade de o governo criar imposto de importação de 25% sobre o aço como forma de proteger o mercado interno de competição com material que tem chegado principalmente da China.

"Estamos hoje na iminência de ter que promover demissões e desligamentos", disse Werneck durante conferência do setor promovida pela entidade Aço Brasil. Ele defendeu a tomada de "decisões urgentes" pelo governo nos próximos 30 dias para "reprimir essa demanda predatória que está vindo".

De janeiro a agosto, as compras de material siderúrgico pelo Brasil de outros países somaram 3,18 milhões de toneladas, crescimento de 49,5%, segundo dados do Aço Brasil. O volume é quase o mesmo da capacidade produtiva total da siderúrgica CSP, da ArcelorMittal, instalada no Nordeste.

Somente em agosto, as importações de aço pelo Brasil atingiram o maior patamar desde julho de 2021, a 495,7 mil toneladas, avanço de 55,6% sobre o mesmo período de 2022, de acordo com a entidade.

"Temos hoje na Gerdau 600 pessoas com suspensão de contratos de trabalho", afirmou Werneck. "Temos planta no Ceará que está completamente parada. Em São Paulo... de norte a sul do país que não estão operando", disse o executivo.

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"E as pessoas que estão em casa estão aguardando uma decisão do governo federal que possa resolver este problema", disse o presidente da Gerdau, se referindo ao pleito do setor pela tarifa de importação de 25%.

O presidente-executivo do Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, afirmou durante o evento que há possibilidade de perda de 15 mil postos de trabalho no setor.

Mais cedo, ele antecipou que a entidade vai elevar em breve a projeção de alta das importações neste ano de 25,6% para 40% a 42%.

Já o presidente da ArcelorMittal Brasil, Jefferson De Paula, disse que a companhia vai produzir 1,3 milhão de toneladas a menos de aço este ano que o orçado pela companhia.

"Temos hoje capacidade de 15 milhões a 16 milhões de toneladas (no Brasil). Fizemos orçamento no começo do ano para a máxima capacidade, mas se vamos produzir a menos, vocês podem entender que isso vai acabar gerando um problema social no país", disse o executivo durante o fórum.

"O Brasil não cresce. Nos últimos 10 anos o PIB cresceu apenas 0,7%", disse De Paula, defendendo um "plano de governo que funcione" no longo do prazo, com um crescimento no investimento em infraestrutura.

(Por Alberto Alerigi Jr.; edição de Paula Arend Laier e Pedro Fonseca)

Últimos comentários

Se governo está querendo taxar algo, esse setor de produtos é uma boa escolha. Sou contra taxação indiscriminada porém é sabido que os processos produtivos chineses, principalmente por conta de diferentes regulações, abrem margem para concorrência desleal dependendo da perspectiva. Veja índices de emissão de poluentes, não só volume mas crescimento dos mesmos tb
Quando o aço foi nas alturas,foi uma farra! Agora que as coisas voltaram ao normal,e essa choradeira!
Não pode isso, que absurdo esses liberais pedindo intervenção do Estado, minha nossa, que absurdo. Kkkk Obs: Contém ironia
trabalho com Engenharia de processos em siderúrgica . não tem de onde baixar custos trabalhamos com o mínimo de tudo.. mínimo de ligas nos aços, mínimo em massa linear... mínimo em consumo de combustíveis e energia elétrica... aplicamos técnicas avançadas de otimização de processos , muito análise de máquinas, procedimentos operacionais e de manutenção . não temos mais o que reduzir de custo! Os custos de matérias primas, insumos, pessoal, condições de segurança operacional e emissões atmosféricas só aumentam.. e o preço do aço é puxado pra baixo por causa do aço estrangeiro!!! vcs precisavam passar um dia acompanhando uma rotina de engenheiro de processos, eu rasgo meu diploma se vc não muda de ideia.
na china as Siderurgicas podem poluir e massacrar trabalhadores.. impossível concorrer como baixo custo de fabricação deles.. salário e direitos prós trabalhadores nenhum... aqui a gente reclama mas ainda tem alguma coisa.. só que gera custo pro aço brasileiro...
Esse governo é protecionista e fraco, então o “lobby” é certeza dê vitória!
Abaixa os preços e aumenta a produção, no livre mercado tem que haver concorrência pará não caracterizar . Durante a pandemia jogou os preços nas alturas e agora quer ganhar com pouca produção.
competir com a China? lá não tem CLT, ESG , impostos nas duas pontas , lá pode tudo , aqui tem que pisar em ovos sem quebrá-los
Tenho mais d e20 anos na Siderurgia.. só vejo as margens de lucro caírem por aumento impostos, e imposições de segurança e meio ambiente sobre essa indústria. Enquanto o mercado está aberto para trazermos aço sujo de sangue e poluidor dos chineses.
Se eu fosse o governo atenderia ao pedido... até porque o governo precisa de recursos para as contas públicas, melhor taxar importação do que taxar produto local, melhor gerar empregos cá e fortalecer nossa economia do que jogar contra a própria casa.
Siderurgia brasileira precisa crescer em produtividade e diversificacao .Barreiras tarifarias serve tao somente para manter aa zona de conforto que sempre existiu no seguimento siderurgico
Esse governo vai acabar de destruir a indústria brasileira que já não está lá grande coisa.
F A Z U E L I! Governo favorecendo Rússia e China!
Não é diferente com a agropecuária...e quando produzimos aqui, vendem quase de graça, desvalorizando nossa propria produção a ponto de inviabilizar o produtor.
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