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(Reuters) - O Google está restringido as respostas de seu chatbot Gemini a perguntas sobre eleições globais deste ano, disse a Alphabet (NASDAQ:GOOGL) nesta terça-feira, à medida que a empresa procura evitar possíveis erros na implantação da tecnologia.
A atualização chega em um momento em que os avanços na inteligência artificial generativa, incluindo a geração de imagens e vídeos, têm fomentado preocupações com desinformação e notícias falsas, levando os governos a regulamentar a tecnologia.
Quando perguntado sobre eleições, como a próxima disputa presidencial dos Estados Unidos entre Joe Biden e Donald Trump, o Gemini responde: "ainda estou aprendendo a responder a essa pergunta. Enquanto isso, tente o Google Search".
O Google havia anunciado restrições nos EUA em dezembro, dizendo que elas entrariam em vigor antes das eleições.
"Em preparação para as muitas eleições que acontecerão em todo o mundo em 2024 e com muita cautela, estamos restringindo os tipos de consultas relacionadas a eleições para as quais o Gemini retornará respostas", disse um porta-voz da empresa nesta terça-feira.
Além dos EUA, estão previstas eleições nacionais em outros países, incluindo África do Sul e Índia.
A Índia tem solicitado que as empresas de tecnologia busquem a aprovação do governo antes do lançamento público de ferramentas de IA que não sejam "confiáveis" ou que estejam sendo testadas, e que deixem claro quanto à possibilidade de retornarem respostas erradas.
Os produtos de IA do Google estão sob escrutínio depois que imprecisões em algumas representações históricas de pessoas criadas pelo Gemini forçaram a empresa a pausar o recurso de geração de imagens do chatbot no mês passado.
O presidente-executivo da Alphabet, Sundar Pichai, disse que a empresa estava trabalhando para corrigir esses problemas e chamou as respostas do chatbot de "tendenciosas" e "completamente inaceitáveis".
(Por Zaheer Kachwala em Bengaluru)