Por Ana Carolina Siedschlag
Investing.com - As ações do GPA (SA:PCAR3) caíam 1,3% nesta quinta-feira (6) após a companhia apresentar lucro líquido de R$ 127 milhões no primeiro trimestre, ante prejuízo de R$ 119 milhões um ano antes.
Perto das 10h20, os papéis eram negociados a R$ 37,28, com queda acumulada de 2,53% nos últimos trinta dias e de 36% nas últimas 52 semanas.
Para os analistas da Ativa Investimentos, o GPA entregou um resultado em linha com as expectativas e acima das projeções do mercado.
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Eles escrevem que, mesmo com um desempenho mais fraco no segmento Grupo Êxito, a força dos formatos Proximidade e Mercado Extra, a boa dinâmica dos canais digitais e a expansão das margens bruta e EBITDA mostraram um trimestre forte e com boa rentabilidade.
Além disso, apontam, com a aceleração dos roll-outs de formatos que crescem acima das demais lojas, e o fechamento de novas parcerias no online, é possível ver resultados ainda melhores nos próximos trimestres.
Eles mantiveram a recomendação de Compra, com preço-alvo de R$ 40,70 para o papel.
Mirae Asset
Já os analistas da Mirae escreveram em relatório que a empresa apresentou, no geral, um bom resultado, mas o com vendas mesmas lojas inferior às da concorrente Carrefour (SA:CRFB3).
Eles dizem ter uma visão positiva para o setor de varejo e supermercados para os próximos meses, com alguma indefinição de curto prazo para o GPA para que se materialize a venda da participação da Cnova.
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Segundo os analistas, as ações já incorporam esse movimento, mas a recomendção de Compra ainda é justificada, apesar do upside mais baixo em relação às demais empresas do setor de varejo. O preço-alvo é de R$ 43.
XP Investimentos
A XP Investimentos, por sua vez, escreve que o GPA reportou EBITDA 4,5% acima das estimativas, por conta de um impacto positivo de câmbio na receita do Grupo Éxito, e um lucro bastante acima do consenso devido a um impacto positivo não recorrente de imposto diferido.
Para eles, apesar da visão positiva em relação às iniciativas da companhia e de verem riscos positivos para o papel, parte disso já está refletido no nível de valuation atual, em 31 vezes o preço sobre o lucro estimado para 2021.
Os analistas também assinalam desafios para que a venda da participação da Cnova seja concretizada no curto prazo, mantendo a recomendação Neutra, com preço-alvo de R$ 39 por ação.