Por Douglas Gillison e Pete Schroeder
WASHINGTON (Reuters) - O ex-astro do basquete norte-americano Paul Pierce concordou em pagar mais de 1,4 milhão de dólares para encerrar as acusações de promoção ilegal de criptoativos, disse a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) nesta sexta-feira.
O regulador afirmou que Pierce promoveu tokens digitais vendidos pela EthereumMax nas mídias sociais sem revelar que foi pago para isso e fez declarações enganosas sobre o produto.
O acordo com o ex-jogador do Boston Celtic e membro do Hall da Fama da NBA marca a mais recente ação da SEC para reprimir o endosso de ativos digitais por celebridades.
Pierce fechou acordo para encerrar as acusações sem admiti-las ou negá-las, concordando em pagar 1,1 milhão de dólares em multas e outros 240 mil dólares que representam a devolução de ganhos ilícitos mais juros, de acordo com a SEC.
"Este caso é mais um lembrete para as celebridades: a lei exige que você divulgue ao público de quem e quanto você está sendo pago para promover o investimento em valores mobiliários, e você não pode mentir para os investidores quando divulga um valor mobiliário", disse o presidente da SEC, Gary Gensler, em comunicado.
Um representante de Pierce não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
No ano passado, a SEC penalizou várias celebridades, incluindo a estrela de reality shows Kim Kardashian e o ex-boxeador Floyd Mayweather Jr por promoção indevida de ativos digitais por meio de mídia social.
Sob o comando de Gensler, a SEC adotou uma linha dura contra a nascente indústria de criptomoedas, multiplicando as ações de fiscalização contra plataformas de negociação acusadas de operar fora das leis de proteção ao investidor.