BBAS3: Por que as ações do Banco do Brasil subiram hoje?
Investing.com – O HSBC revisou para cima sua recomendação para os papéis da Embraer (BVMF:EMBR3), passando de “manutenção” para “compra”. Segundo o banco, a combinação entre uma carteira de pedidos recorde, melhora no ritmo de produção e maior dinamismo nas entregas de jatos executivos e aeronaves de defesa sustenta uma trajetória consistente de crescimento nos lucros ao longo de 2025.
O preço-alvo da ação foi elevado de US$ 45 para US$ 57, refletindo uma reavaliação mais favorável da unidade de mobilidade aérea urbana, EVE, e a aplicação de uma taxa de desconto menor no modelo de fluxo de caixa. O novo valor embute um potencial de valorização de 24% frente às cotações atuais.
Em relatório, o HSBC destacou que, com uma carteira de pedidos de US$ 26,4 bilhões ao fim do primeiro trimestre, a Embraer conta com base sólida para geração de receita nos próximos períodos. Esse desempenho deve ser reforçado por medidas da empresa para acelerar a resolução de gargalos industriais e suavizar a distribuição da produção ao longo dos trimestres.
Para o segundo trimestre, a instituição projeta resultados robustos, com nove aeronaves já concluídas no estoque, o equivalente a cerca de 20% das entregas realizadas no mesmo período de 2024.
Na aviação executiva, a previsão é de crescimento de 28% nas entregas do primeiro trimestre de 2025, em relação ao ano anterior. Na divisão de defesa, o banco vê uma demanda constante, com destaque para os modelos KC-390 e A-29. O próximo Paris Air Show também foi citado como uma oportunidade para novos contratos.
Sobre o impacto das tarifas norte-americanas de 10% sobre importações do Brasil, o HSBC avalia que o efeito será limitado, estimando uma compressão de cerca de 90 pontos-base na margem EBIT dos segmentos Executivo e de Serviços. A Embraer, por sua vez, pretende neutralizar esse impacto com corte de custos e maior incorporação de conteúdo produzido nos Estados Unidos. O segmento de aviação comercial permanece isento dessas tarifas, e a projeção de margem consolidada para 2025 segue inalterada.
A estimativa de receita para o ano foi mantida em US$ 7,5 bilhões, o teto da faixa indicativa fornecida pela companhia, assim como a projeção de margem EBIT ajustada, fixada em 7,9%. A Embraer é avaliada agora em 10,8 vezes o EV/EBITDA de 2025 e 8,1 vezes o de 2026, acima da média dos últimos cinco anos, de 8,7 vezes.
O banco ainda destacou que o voo inaugural do primeiro protótipo em escala real da EVE, previsto para meados de 2025, pode atuar como catalisador relevante para a ação.