Ibovespa avança e recupera 131 mil pontos com ajuda de Vale e Petrobras

Publicado 01.04.2025, 10:14
Atualizado 01.04.2025, 12:50
© B3

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa firmava-se em alta nesta terça-feira, recuperando o patamar dos 131 mil pontos, em movimento sustentado principalmente pelas blue chips Vale e Petrobras, na esteira do avanço de commodities como minério de ferro e petróleo.

O alívio nas taxas dos contratos de DI, em sessão marcada pela queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, corroborava o viés positivo das ações brasileiras.

Às 12h30, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 1,1%, a 131.686,14 pontos, revertendo o movimento dos dois pregões anteriores, quando acumulou um declínio de mais de 2%.

O volume financeiro nesta terça-feira somava R$6,96 bilhões.

Investidores permanecem na expectativa de anúncio de tarifas comercias recíprocas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, na quarta-feira. Em Nova York, o índice acionário S&P 500 subia 0,41%.

A B3 (BVMF:B3SA3) também divulgou nesta terça-feira a primeira prévia da carteira teórica do Ibovespa que irá vigorar de maio a agosto, com a inclusão das ações da Direcional (BVMF:DIRR3), enquanto LWSA (BVMF:LWSA3) e Automob foram excluídas.

DESTAQUES

- VALE ON (BVMF:VALE3) subia 1,94%, acompanhando o movimento dos preços futuros do minério de ferro, em meio à demanda crescente pelo ingrediente de fabricação de aço na China. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian fechou em alta de 1,86%, a 792 iuanes (US$108,98) a tonelada. No setor de mineração e siderurgia, USIMINAS PNA (BVMF:USIM5) era o destaque, com elevação de 5,11%.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) e PETROBRAS ON (BVMF:PETR3) avançavam 0,86% e 1,22%, respectivamente, também alinhadas à alta dos preços do petróleo no exterior, onde o barril do Brent mostrava elevação de 0,17%, a US$74,9. A ANP também divulgou nesta terça-feira que a produção de petróleo do Brasil somou 3,488 milhões de barris por dia (bpd) em fevereiro, alta de 1,2% ano a ano, apesar de um recuo da produção da Petrobras.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) valorizava-se 0,24%, em sessão positiva para os bancos do Ibovespa. Fora do índice, as ações do Banco de Brasília, que têm liquidez bastante reduzida, voltavam a disparar, com BRB PN saltando 46,15% e BRB ON avançando 80,57%, enquanto agentes continuam acompanhando o noticiário envolvendo a aquisição do Banco Master, anunciada na última sexta-feira.

- ENEVA ON (BVMF:ENEV3) subia 4,99%, tendo como pano de fundo relatório do BTG Pactual (BVMF:BPAC11) sugerindo compra de Eneva e venda de Engie, citando que o leilão de junho parece bastante assimétrico para a Eneva. "Se a empresa não renovar as usinas térmicas do Parna durante o leilão -- assumindo que nunca as recontrataria --, a TIR real das ações ficaria em 11%. Mas se a empresa vencer, saltaria para 14%." Os analistas afirmaram que usaram Engie como financiamento para a estratégia em razão do valuation mais elevado. ENGIE BRASIL ON (BVMF:EGIE3) subia 0,05%.

- MINERVA ON (BVMF:BEEF3) mostrava acréscimo de 5,22%, com o setor de proteínas como um todo no azul. MARFRIG ON (BVMF:MRFG3) avançava 4,6%, endossada ainda por relatório do Goldman Sachs (NYSE:GS) elevando previsões de Ebitda para o período de 2025-2026, citando volumes e margens melhores do que o esperado em todas as principais operações da companhia. BRF ON (BVMF:BRFS3), que também teve estimativas melhoradas pelo GS e é controlada pela Marfrig, subia 2,06%. JBS ON (BVMF:JBSS3) tinha alta de 1,56%.

- NATURA&CO ON recuava 4,8%, ainda refletindo receios de investidores com o plano de "turnaround" da empresa e seus próximos resultados após decepção com os números do último trimestre de 2024. A fabricante de cosméticos realiza assembleia com acionistas no próximo dia 25 para decidir sobre a sua incorporação pela Natura Cosméticos (BVMF:NTCO3).

- CEMIG PN (BVMF:CMIG4) caía 1,95%, tendo no radar relatório de analistas do Bank of America (NYSE:BAC) cortando a recomendação dos papéis para "underperform" e o preço-alvo de R$13 para R$11, para "incorporar o impacto negativo das diferenças de preços de energia regionais no Brasil e a perda operacional do quarto trimestre do ano passado. Eles também esperam uma queda de dividendos ano a ano, uma vez que não incorporam nas suas previsões reversão de passivos adicionais.

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