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O Ibovespa estendeu pela quarta semana a série negativa iniciada com tombo de 3,09% no intervalo entre 22 e 24 de fevereiro, que sucedeu à pausa do Carnaval. Desde então, tem acumulado apenas perdas, vindo dos 109 mil pontos na sexta-feira, 17, que antecedeu o feriado de fevereiro, há um mês. Hoje, oscilou entre mínima de 101.663,65 e máxima de 103.433,65, da abertura, para fechar em baixa de 1,40%, aos 101.981,53 pontos, no menor nível de encerramento desde 27 de julho (101.437,96).
Com vencimento de opções sobre ações nesta sexta-feira, o giro financeiro foi a R$ 34,3 bilhões na sessão. Na semana, o Ibovespa acumulou perda de 1,58%, após ceder 0,24% e 1,83% nos dois períodos anteriores. No mês, cai 2,81% e, no ano, 7,07%.
Dentre as ações de maior peso, Vale (BVMF:VALE3) (ON +1,20%) conseguiu escapar ao tom negativo da sessão, em dia de leve recuperação (+0,44%) para os preços do minério de ferro na China (Dalian) - na semana, a ação da mineradora cedeu 0,18%. Destaque negativo mais uma vez para os grandes bancos, especialmente para a queda de 4,17% em Bradesco (BVMF:BBDC4) PN - na mínima da sessão no fechamento assim como a ON (-3,16%) -, que havia escapado de correção no dia anterior e sido um dos destaques de alta.
Na ponta perdedora do Ibovespa, Eztec (BVMF:EZTC3) (-10,73%), em reação ao balanço da noite anterior, à frente de Hapvida (BVMF:HAPV3) (-10,23%) e Cyrela (BVMF:CYRE3) (-7,47%). No lado oposto, 3R Petroleum (BVMF:RRRP3) (+16,73%), após a Petrobras (BVMF:PETR4) ratificar a continuidade do processo de transição do Polo Potiguar, um ativo importante para a 3R. Destaque também para Ecorodovias (BVMF:ECOR3) (+8,86%) e BRF (BVMF:BRFS3) (+4,63%) nesta sexta-feira.
A Bolsa chegou ao final da semana da forma como encerrou a anterior, com investidores ainda monitorando o risco de crise de crédito que, nos últimos dias, fez emergir nomes além do SVB, como Credit Suisse (SIX:CSGN) e First Republic Bank. Em Nova York, as perdas no fechamento da sessão ficaram entre 0,74% (Nasdaq) e 1,19% (Dow Jones), mas tanto o índice amplo (S&P 500) como o tecnológico (Nasdaq) conseguiram avançar na semana, em alta respectivamente de 1,43% e 4,41%.
Hoje, a Fitch manteve a observação negativa do rating de crédito do First Republic Bank, mesmo após o socorro de US$ 30 bilhões de 11 grandes instituições financeiras ao banco. Segundo a agência, a franquia e o perfil de liquidez da empresa continuam "significativamente enfraquecidos".
"O dia começou de forma até positiva, mas lá fora o pedido de recuperação judicial da controladora do Silicon Valley Bank (SVB) acentuou o movimento de queda, agravando a percepção quanto à crise do setor de crédito no exterior", diz Dennis Esteves, especialista em renda variável da Blue3 Investimentos, destacando também a leitura bem abaixo do esperado para o índice de confiança do consumidor nos EUA, da Universidade de Michigan. "Dificuldades em bancos costumam anteceder períodos de recessão forte nos Estados Unidos. Sobe a pressão sobre o Fed quanto aos juros."
"O cenário global está bem sensível aos sinais de pré-colapso em uma parte do sistema bancário, o que afetou o desempenho das ações do segmento também na B3 (BVMF:B3SA3)", diz Alex Carvalho, analista da CM Capital. Na semana, as perdas nas ações de grandes bancos ficaram entre 1,35% (Bradesco ON (BVMF:BBDC3)) e 3,72% (Unit do Santander Brasil (BVMF:SANB11)). O tombo de cerca de 12% acumulado pelo barril do Brent no intervalo, em meio a temores sobre o efeito do aperto de crédito no ritmo de crescimento mundial, resultou em recuos mais acentuados, de 5,88% e 7,18%, respectivamente, para as ações PN e ON da Petrobras na semana - hoje, PN subiu 1,07%, na máxima do dia no fechamento, e ON avançou 0,42%, após terem passado boa parte da sessão em baixa.
No Brasil, "o mercado está bastante indeciso em relação ao futuro dos juros", diz Acilio Marinello, coordenador do MBA Executivo em Digital Finance da Trevisan Escola de Negócios. Para a reunião do Copom na próxima quarta-feira, mesmo dia em que o comitê do Fed voltará a deliberar sobre os juros americanos, a tendência é de que a Selic seja mantida em 13,75% ao ano. "O consenso é de que redução não deve ocorrer antes do segundo trimestre", aponta Marinello, acrescentando que a atenção do mercado estará concentrada na "sinalização" do BC, especialmente se o novo arcabouço fiscal, como tudo indica, for anunciado até lá.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse hoje que a decisão sobre o momento de divulgar o arcabouço cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Ele que decide agora" afirmou, ao ser questionado sobre a possibilidade de ser anunciado ainda nesta sexta-feira. Sobre eventuais mudanças na proposta elaborada pela equipe econômica, o ministro afirmou também que a decisão é do presidente. "Decisão é dele. Fazenda cumpriu seu cronograma, vamos entregar ao presidente os cenários e ele encaminha", afirmou a jornalistas.
O Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira mostra que para 50% dos participantes a próxima semana será de ganhos para o Ibovespa, enquanto 33,33% esperam perda. Para 16,67%, o período entre 20 e 24 de março será de variação neutra. Na pesquisa anterior, para 37,50% a atual semana seria de ganhos; para 50,00%, de estabilidade; e para 12,50%, de queda.
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