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Ibovespa emenda 2ª alta e atinge maior fechamento desde 28/2, perto de 130 mil

Publicado 09.04.2024, 14:39
Atualizado 09.04.2024, 18:10
© Reuters Ibovespa emenda 2ª alta e atinge maior fechamento desde 28/2, perto de 130 mil
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Na contramão de Nova York em boa parte do dia, e sem a contribuição de Vale (BVMF:VALE3) (ON -0,67%), o Ibovespa obteve o segundo ganho consecutivo, em alta de 0,80% nesta terça-feira, aos 129.890,37 pontos, o maior nível de fechamento desde 28 de fevereiro, então a 130.155,43. Na máxima, ficou perto dos 130 mil pontos, aos 129.956,18, saindo de abertura a 128.857,84 - com mínima a 128.826,38. Na véspera de novas leituras sobre a inflação no Brasil e nos Estados Unidos, o giro ficou em R$ 20,1 bilhões. Na semana, o Ibovespa sobe 2,44% e, no ano, cai 3,20%.

Entre os setores de maior peso, o desempenho positivo para o índice foi assegurado pelos grandes bancos, como Bradesco (BVMF:BBDC4) (ON +1,08%, PN +0,62%), Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) (ON +0,85%) e Itaú (BVMF:ITUB4) (PN +1,05%). A virada de Petrobras (BVMF:PETR4) em direção ao fechamento (ON +0,51%, PN +0,26%) deu mais fôlego ao índice da B3 (BVMF:B3SA3). Na ponta do Ibovespa, Vamos (+5,47%), JBS (BVMF:JBSS3) (+3,99%) e Assaí (BVMF:ASAI3) (+3,82%), com parte das ações cíclicas reagindo bem à retração da curva de juros domésticos na sessão, acompanhando os Treasuries. No lado oposto, CVC (BVMF:CVCB3) (-2,62%), CSN (BVMF:CSNA3) (-1,56%) e Carrefour (BVMF:CRFB3) Brasil (-1,39%).

Apesar da recuperação de preços do minério em andamento nos mercados futuros da China após o feriado da semana passada, Vale fez uma pausa hoje após o salto de mais de 5% na sessão anterior, chegando a testar, para baixo, o limiar de R$ 62, com o corte de recomendação da ação, de compra para neutra, feito pelo Bank of America (NYSE:BAC) (BofA). No fechamento, a ação manteve a marca de R$ 62,55.

Petrobras, por sua vez, caía menos do que o petróleo Brent na sessão - e ao fim se descolou do segundo dia de baixa para os preços da commodity -, enquanto os investidores ainda monitoram sinais sobre a possível concessão parcial de dividendos extraordinários que haviam sido retidos em março, bem como o noticiário em torno do presidente da estatal, Jean Paul Prates, que permanece sob pressão.

Para além da defesa de alas do PT por mais investimentos da Petrobras em navios fabricados no País e das críticas do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, há uma série de reclamações difusas dentro do governo, que tem fragilizado Prates. Uma reclamação do PT incide sobre a diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade, de Mauricio Tolmasquim, que ainda não teria entregue projetos capazes de gerar emprego e fazer girar a economia, reporta do Rio o jornalista Gabriel Vasconcelos, do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).

No quadro mais amplo, o avanço do Ibovespa na sessão decorreu principalmente da queda observada nos juros futuros, nos Estados Unidos e também no Brasil, observa André Luiz Rocha, operador de renda variável da Manchester Investimentos, destacando também a expectativa, amanhã, para novas leituras sobre a inflação em ambos os países.

"Nas últimas previsões do Focus, divulgadas na manhã desta terça-feira, os investidores elevaram as expectativas para a inflação no Brasil em 2024 e 2025, mas também antecipam crescimento maior para este ano", acrescenta Rocha, destacando que as projeções para Selic se mantiveram nos mesmos níveis para os dois anos.

Ainda que o aumento na expectativa de crescimento econômico tenha sido marginal, passando de 1,89% para 1,90% no ano, "foi a oitava semana consecutiva de elevação das projeções para o PIB, no Focus", destaca Rodrigo Caetano, analista da Toro Investimentos. A projeção para o IPCA ao fim de 2024, por sua vez, passou de 3,75% para 3,76%, dentro do teto da meta oficial para o ano, de 4,5%.

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