Ibovespa fecha acima de 141 mil pontos pela 1ª vez

Publicado 04.07.2025, 17:05
Atualizado 04.07.2025, 17:45
© Reuters. Painel de cotações na B3n05/08/2024 REUTERS/Carla Carniel

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira, renovando máximas históricas, mas o pregão teve oscilações comedidas e liquidez reduzida sem o referencial das bolsas norte-americanas em razão de feriado nos Estados Unidos.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,24%, a 141.263,56 pontos, após marcar 141.563,85 pontos na máxima e 140.596,75 pontos na mínima do dia. Na semana, contabilizou um ganho de 3,21%.

O volume financeiro na sessão desta sexta-feira, porém, totalizou apenas R$9,01 bilhões, de uma média diária de R$24,7 bilhões no ano.

Em julho, o Ibovespa já acumula uma alta de 1,73%.

Para o estrategista Felipe Paletta, da EQI Research, parte do movimento mais positivo nos primeiros pregões de julho na B3 (BVMF:B3SA3) reflete a percepção de que a chance de cortes na Selic, que se aventa para o início de 2026, começa a ficar mais factível.

Além disso, acrescentou, outro fator benigno para o Ibovespa tem sido a melhora das expectativas em relação à China, com um princípio de tração da atividade econômica, o que pode favorecer ações de exportadoras na bolsa paulista.

Paletta ainda chamou a atenção para a resiliência da atividade econômica nos EUA, que tem apoiado marcas recordes nas bolsas norte-americanas, enquanto as discussões comerciais de Washington com seus parceiros seguem no radar.

Nesta sessão, os pregões em Nova York não abriram em razão do feriado do Dia da Independência nos EUA.

O estrategista da EQI também avaliou positivamente a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes de suspender decisões do governo e do Congresso sobre aumento de alíquotas do IOF e marcar audiência de conciliação entre as partes.

"Alivia um pouco a insegurança de curto prazo no mercado doméstico porque sugere que pode ir para uma discussão (fiscal) mais estrutural", afirmou.

Moraes justificou sua decisão argumentando que o embate entre o Executivo e o Legislativo contraria a exigência constitucional de harmonia entre os Poderes como princípio básico do Estado Democrático de Direito.

No relatório Diário do Grafista, analistas do Itaú BBA afirmaram que o Ibovespa, após renovar máxima, abriu caminho para seguir em direção aos 142.000 e 150.000 pontos. Do lado da baixa, citaram, encontra um primeiro suporte em 138.600 pontos.

DESTAQUES

- VALE ON (BVMF:VALE3) encerrou com variação positiva de 0,29%, em meio à alta dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com alta de 0,62%, a 732,5 iuanes (US$102,25) a tonelada. Até a véspera, a ação da Vale acumulava na semana alta de 3,85%.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) cedeu 0,12%, acompanhando a fraqueza do petróleo no exterior, com o barril de Brent fechando o dia em baixa de 0,7%, a US$68,30. Ainda no setor, PETRORECONCAVO ON encerrou negociada em baixa de 0,14%, enquanto PRIO ON (BVMF:PRIO3) fechou estável e BRAVA ENERGIA ON ganhou 0,33%, com dados de produção também no radar.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) avançou 0,05%, em dia misto no setor, após desempenho mais robusto na véspera. BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) valorizou-se 0,58% e BTG PACTUAL (BVMF:BPAC11) UNIT subiu 0,33%, mas BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) caiu 0,48%, e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) terminou com variação negativa de 0,31%.

- ENGIE BRASIL ON (BVMF:EGIE3) recuou 5,16%, em dia de ajustes após seis altas seguidas, período em que acumulou uma valorização de mais de 14%. O índice do setor elétrico encerrou o dia com declínio de 0,76%.

- VIBRA ON (BVMF:VBBR3) subiu 2,68%, tendo como pano de fundo reportagem do Brazil Journal afirmando que a Inpasa está montando uma posição na companhia. Em nota, a Inpasa disse que se trata de investimento financeiro por meio de um fundo de investimento em ações ligado à família, com objetivo estritamente financeiro e sem relação com a operação da empresa.

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