Ibovespa fecha quase estável com tarifas dos EUA no radar; GPA dispara

Publicado 02.04.2025, 17:02
Atualizado 02.04.2025, 17:35
© Reuters. Painel de cotações na B3, em São Paulon05/08/2024nREUTERS/Carla Carniel

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou quase estável nesta quarta-feira, em sessão marcada por expectativas para o anúncio de tarifas pelos Estados Unidos, enquanto as ações do GPA dispararam após acionistas relevantes apoiarem proposta de mudanças no conselho de administração do varejista.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa terminou com variação positiva de 0,03%, a 131.190,34 pontos, tendo marcado 131.423,84 pontos na máxima e 130.392,6 pontos na mínima do dia. O volume financeiro no pregão somou R$17,3 bilhões.

Investidores passaram o dia no aguardo do anúncio das tarifas recíprocas a parceiros comerciais dos EUA prometido pelo presidente norte-americano, Donald Trump, para esta quarta-feira, no que ele classificou como o "Dia da Libertação". Trump começou o discurso sobre as medidas pouco depois das 17h (horário de Brasília).

Analistas avaliam que o anúncio desta quarta-feira pode dar uma nova direção aos mercados globais, principalmente no curto prazo, mas não descartam volatilidade adicional uma vez que vislumbram manutenção de incertezas em torno do tema, dadas as possibilidades de escalada, reversões e retaliações.

De acordo com o estrategista Felipe Paletta, da EQI Research, o Ibovespa encerrou praticamente no zero a zero, com agentes financeiros em modo espera para anúncio das tarifas.

Ele chamou a atenção para o comportamento mais fraco de papéis de empresas sensíveis ao mercado externo, reflexo de cautela diante da nova política comercial de Trump, enquanto ações de companhias mais atreladas à economia doméstica tiveram desempenho mais forte.

DESTAQUES

- VALE ON (BVMF:VALE3) recuou 0,45%, apesar da alta dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado em Dalian encerrou as negociações do dia com elevação de 1,09%, a 791,5 iuanes (US$108,87) a tonelada. No setor de mineração e siderurgia, CSN ON (BVMF:CSNA3) foi destaque negativo, com queda de 5,17%.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) e PETROBRAS ON (BVMF:PETR3) caíram 0,27% e 0,51%, respectivamente, afastadas das mínimas do dia com a melhora dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou em alta de 0,62%. No setor, BRAVA ENERGIA ON perdeu 2,78% e PRIO ON (BVMF:PRIO3) cedeu 1,2%, mas PETRORECONCAVO ON subiu 2,09%.

- GPA ON disparou 15,84%, após a proposta do investidor Nelson Tanure de mudar o conselho de administração da empresa obter o apoio dos acionistas Casino e Ronaldo Iabrudi, que detêm 22,5% e 5,5% do capital do dono da rede de supermercados Pão de Açúcar (BVMF:PCAR3). Para o Citi, um acionista focado em desbloquear mais fluxo de caixa pode mudar o jogo para o GPA.

- LOCALIZA ON (BVMF:RENT3) valorizou-se 3,85%, tendo como pano de fundo relatório de analistas do BTG Pactual (BVMF:BPAC11) destacando que dados da Fipe de março mostram tendências de melhora nos preços de carros usados. O spread implícito entre carros novos e usados ​​em março também foi citado como particularmente positivo para o aluguel de carros.

- MAGAZINE LUIZA ON (BVMF:MGLU3) subiu 7,08%, em sessão mais positiva para papéis de empresas ligadas à economia doméstica. O índice de consumo na B3 (BVMF:B3SA3) avançou 0,95%, enquanto o do setor imobiliário fechou em alta de 0,67%.

- COGNA ON (BVMF:COGN3) recuou 3,24%, em pregão marcado por evento do grupo de educação com analistas e investidores. A equipe do UBS BB destacou que, apesar do atual momento positivo, sentiu falta de mais visibilidade quantitativa sobre as novas vias de crescimento da empresa.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) terminou com variação positiva de 0,03%, com o sinal positivo prevalecendo entre os bancos no Ibovespa. BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) avançou 0,21%, BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) fechou com acréscimo de 0,07% e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) subiu 1,69%. BTG PACTUAL UNIT valorizou-se 0,67%, tendo ainda no radar autorização do governo para importar energia da Venezuela.

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