Ibovespa titubeia meio à incerteza sobre guerra comercial

Publicado 11.04.2025, 11:14
Atualizado 11.04.2025, 13:55
© Reuters.

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa titubeava nesta sexta-feira, conforme persistam as preocupações com os desdobramentos da guerra comercial entre Estados Unidos e China, após Pequim retaliar norte-americanos com anúncio de nova alta nas tarifas de importação.

Por volta de 11h50, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,24%, a 126.651,69 pontos, já tendo recuado a 126.078,39 na mínima e marcado 127.153,57 na máxima até o momento. O volume financeiro na sessão somava R$6,13 bilhões.

A China aumentou taxas sobre importações de produtos norte-americanos para 125%, revidando a decisão do presidente Donald Trump de elevar novamente as tarifas para a segunda maior economia do mundo.

Em Wall Street, o S&P 500 também mostrava certa volatilidade, com agentes financeiros repercutindo também os números do JPMorgan (NYSE:JPM) no primeiro trimestre do ano.

"O temor das tarifas continua dominando a atenção dos investidores", afirmou a XP (BVMF:XPBR31) em relatório a clientes.

No Brasil, a pauta mostrou que o IPCA desacelerou em março, com uma alta de 0,56%, de 1,31% em fevereiro. Em 12 meses, porém, chegou a 5,48%, dentro do esperado, mas ainda mais distante da meta de inflação.

"O dado de hoje veio acima da nossa expectativa e com qualitativo pior do que o esperado", afirmou a economista Luciana Rabelo, do Itaú.

"A surpresa veio tanto em industriais subjacentes, principalmente em higiene pessoal que tende a ser mais volátil, quanto em serviços subjacentes", detalhou em comentário enviado a clientes nesta sexta-feira.

Também na agenda, o IBC-Br, calculado pelo Banco Central e considerado um sinalizador do PIB, cresceu 0,4% em fevereiro, em dado dessazonalizado, acima das expectativas no mercado (+0,15%), mas abaixo da alta de 0,9% em janeiro.

De acordo com a equipe de grafistas da Ágora Investimentos, o Ibovespa corrigiu na véspera a forte alta de quarta-feira, após ter respeitado a média diária de 21 períodos como referência de resistência, "permanecendo em estrutura neutra no curto e no médio prazo".

DESTAQUES

- VALE ON (BVMF:VALE3) subia 0,93%, acompanhando o avanço dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) encerrou as negociações do dia com alta de 0,71%, a 708 iuans (US$96,70) a tonelada, registrando uma perda semanal de 4,8%.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) mostrava acréscimo de 0,54%, em dia majoritariamente positivo no setor, com BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) subindo 0,88%, BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) registrava variação positiva de 0,54% e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) valorizava-se 0,65%.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) recuava 0,51%, em dia volátil, acompanhando a falta de uma tendência clara nos preços do petróleo no exterior. No setor, que sofreu fortes perdas recentemente, BRAVA ON buscava uma recuperação, com alta de 1,59%.

- SLC AGRÍCOLA ON avançava 3,95%, apoiada por relatório de analistas do Citi afirmando que esperam que as ações da companhia tenham um bom desempenho nos próximos dias, devido às incertezas sobre tarifas de importação - que podem beneficiar o agronegócio brasileiro - e à tendência de alta da taxa de câmbio.

- CYRELA ON (BVMF:CYRE3) recuava 2,3% após reportar prévia operacional com aumento de 34% nas vendas do primeiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$2,1 bilhões. Os lançamentos do período totalizaram R$3,4 bilhões, um crescimento de 183%. DIRECIONAL ON (BVMF:DIRR3), que não está no Ibovespa e também divulgou prévia operacional, caía 2,98%.

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