Garanta 40% de desconto
🤯 Perficient disparou 53%. Nossa ProPicks de IA viu essa oportunidade em março Leia mais

Imobiliárias miram setor econômico, mais resistente à crise

Publicado 01.04.2016, 18:52
Atualizado 01.04.2016, 19:00
© Reuters.  Imobiliárias miram setor econômico, mais resistente à crise

Por Juliana Schincariol

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O segmento econômico de imóveis tem se mostrado a melhor alternativa para corretores e imobiliárias, uma vez que deve continuar em 2016 com vendas e lançamentos melhores que os imóveis voltados para os médio e alto padrões.

"Eu diria que em 2015 (o segmento econômico) representou pelo menos uns 25 por cento do volume vendido por nós e acho que este ano este volume deve subir. Este ano deve passar de 30 por cento", afirmou o vice-presidente comercial da Abyara Brokers, imobiliária paulistana do grupo Brasil Brokers (SA:BBRK3), Bruno Vivanco.

Segundo ele, o número de corretores imobiliários da Abyara voltados para o setor cresceu 20 por cento de 2015 para 2016, principalmente devido ao recuo do segmento de médio e alto padrão, que segue pressionado pela alta dos juros e baixa confiança do consumidor. Hoje, cerca de 800 profissionais atendem o segmento econômico na Abyara.

Dados da imobiliária mostram que do total de imóveis lançado na cidade de São Paulo em 2015, cerca de 29 por cento foram imóveis econômicos (até 250 mil reais), ante 14 por cento um ano antes. Já a parcela de imóveis com preço médio acima de 500 mil reais caiu de 45 por cento em 2014 para 24 por cento no ano passado.

"O segmento econômico tem um conjunto de lançamentos para 2016 e 2017 bastante intenso em toda a região metropolitana de São Paulo, e até no interior", afirmou Vivanco.

Segundo ele, as incorporadoras podem lançar cerca de 10 mil unidades na região este ano, um número ligeiramente superior a 2015.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

No Estado do Rio de Janeiro são 45 mil corretores imobiliários ativos e a fatia que passou a trabalhar com o segmento econômico passou para 25 a 30 por cento, de acordo com o diretor do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Rio de Janeiro (Creci-RJ), Laudimiro Cavalcanti. A proporção praticamente dobrou em relação a 2014, quando era de 15 por cento.

"O corretor vai procurar o mercado que está mais aquecido, e para esta área (econômica) ele está aquecido. O corretor não está conseguindo comercializar o luxo, a classe média", disse Cavalcanti.

Esta proporção não deve mudar ao longo do ano, na visão do diretor, que acredita que a crise econômica e política vai durar mais quatro ou cinco meses. "Eu acredito que vamos retomar o mercado para a classe média, alta", afirmou.

Um dos pilares da venda de imóveis econômicos são os empreendimentos do Minha Casa Minha Vida. No ano passado, a faixa 1 do programa habitacional - cuja maior parte era subsidiada pelo governo federal - não teve contratações e algumas empresas migraram para as faixas 2 e 3, que com as novas regras passaram a ter limites de renda de 3.600 e 6.500 reais, respectivamente.

"No segmento de incorporação, nosso foco (em 2016) será em intensificar os esforços de venda e acelerar o lançamento de empreendimentos MCMV 2 e 3, em que a demanda continua forte e podemos aproveitar nosso modelo industrializado de construção com baixo custo", disse a Direcional Engenharia (SA:DIRR3), em seu relatório de resultados divulgado em meados de março.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

No ano passado, a empresa teve aumento de 95 por cento nos lançamentos de empreendimentos para o programa habitacional Minha Casa Minha Vida, e queda de 39 por cento para a média e alta renda.

Mesmo em uma situação melhor do que segmentos de perfil mais alto, a venda de imóveis econômicos também encontra entraves, com maior restrição de concessão de crédito pela Caixa Econômica Federal e um comprador um pouco mais indeciso para efetivar a compra, de acordo com a arquiteta Mariliza Fontes Pereira, do escritório especializado no segmento popular MD.Oito, que atua em São Paulo e Rio de Janeiro.

"Não deixou de ter visitas nos stands (de vendas de imóveis). Mas antes, de 10 visitas, a gente fechava, 7 ou 8 compras. Hoje, são 4 ou 5. As pessoas estão com medo (de comprar) ou o crédito delas não atende as exigências da Caixa", disse.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.