Por Aluísio Alves
SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice acionário brasileiro recuou nesta quarta-feira, em meio a receios de investidores de que governo de Michel Temer não consiga aprovar a reforma da Previdência.
Puxado principalmente pelas ações dos setores bancário e de metais, o Ibovespa recuou 1,51 por cento, para 64.774 pontos. O giro financeiro da sessão somou 7,8 bilhões de reais.
Segundo operadores, após um sobe e desce nas primeiras horas de pregão, o mercado já vinha sinalizando perda de fôlego após recuo das cotações dos metais no mercado internacional.
O movimento vendedor ganhou força, contudo, após divulgação de um levantamento feito pelo Grupo Estado com parlamentares, que apontou que o governo Temer teria dificuldade para aprovar hoje a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.
"Isso azedou os negócios de vez", disse Luiz Roberto Monteiro, assessor de investimentos da Renascença DTVM.
DESTAQUES
- SANTANDER BRASIL recuou 5,09 por cento, a 26,13 reais por unit, liderando a ponta negativa do Ibovespa. A Reuters publicou nesta tarde, citando fontes, que o fundo soberano do Catar está enfrentando forte pressão dos investidores para precificar uma oferta de units do Santander Brasil (SA:SANB11) em torno de 25 reais cada, abaixo do preço inicialmente sugerido.
- ITAÚ UNIBANCO recuou 1,83 por cento e BANCO DO BRASIL perdeu 1,71 por cento. A Bloomberg publicou, citando fontes, que o BB (SA:BBAS3) recebeu oferta de 1,5 bilhão de dólares pelo Banco Patagonia e que Itaú (SA:ITUB4), Bilbao Vizcaya e Banco Macro apresentaram as maiores ofertas.. Também no setor bancário, BRADESCO caiu 2,04 por cento.
- No setor de metais, CSN (SA:CSNA3) teve o pior desempenho, recuando 4,84 por cento. USIMINAS (SA:USIM5) cedeu 4,64 por cento e GERDAU (SA:GGBR4) METALÚRGICA teve baixa de 3,89 por cento. A VALE PNA caiu 3,69 por cento.
- LOJAS RENNER subiu 1,87 por cento após o Bank of America Merrill Lynch ter elevado a recomendação para o papel de "neutra" para "compra".
- GOL, que não faz parte do Ibovespa, subiu 4,86 por cento, após a companhia aérea ter anunciado na noite da véspera que sua margem operacional subiu e que a dívida total caiu no primeiro trimestre.