Por Stefani Inouye
SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice acionário da bolsa paulista não mostrava uma tendência clara nesta segunda-feira, oscilando entre altas e baixas nas primeiras horas do pregão, com os investidores ainda preocupados sobre a capacidade de articulação do governo para aprovar a reforma da Previdência, enquanto as principais praças no exterior operavam sem direção comum.
Às 11:35, o Ibovespa subia 0,37 por cento, a 94.078,69 pontos. O volume financeiro era de 3,7 bilhões de reais.
Na última semana, o índice acumulou perda de 5,45 por cento, encerrando a sexta-feira cotado a 93.735,15 pontos, menor patamar desde 11 de janeiro.
Para o analista da Coinvalores Felipe Silveira, os mercados seguem no aguardo de mais novidades em relação ao andamento da reforma nas regras de aposentadoria, com tendência de um ruído no curto prazo devido às incertezas quanto ao cenário político.
"As expectativas estão girando em torno da definição do relator da CCJ. A perspectiva de médio e longo prazo ainda é positiva, com o mercado apostando em um cenário de aprovação da reforma e melhora da economia", afirmou.
No final de semana, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), incitou o presidente Jair Bolsonaro a assumir a liderança na articulação do processo para aprovação da emenda constitucional no Congresso Nacional.
No exterior, persistiam os temores sobre o crescimento econômico global, com os principais índices de Wall Street operando em queda, apesar das expectativas de uma nova rodada em negociações comerciais entre Estados Unidos e China no fim desta semana.
DESTAQUES
- ELETROBRAS PNB (SA:ELET6) avançava 1,86 por cento, e ELETROBRAS ON (SA:ELET3) subia 1,83 por cento, tendo como pano de fundo notícias de que a elétrica Taesa (SA:TAEE11) e o grupo de infraestrutura J. Malucelli tiveram aval sem restrições do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para aquisição de ativos da estatal.
- NATURA perdia 1,64 por cento, ainda ecoando a confirmação de que a empresa mantém negociação com a rival Avon para potencial transação envolvendo as companhias.
- VALE (SA:VALE3) tinha queda de 1,08 por cento, após notícia de que as operações da mina de Brucutu não serão retomadas no prazo previsto anteriormente, com impacto anualizado estimado na produção de aproximadamente 30 milhões de toneladas de minério de ferro. Também no radar estava o anúncio de que a mineradora desembolsará 16,96 bilhões de reais na manutenção de suas operações no Brasil em 2019, ante 14,45 bilhões investidos no ano passado.
- PETROBRAS PN (SA:PETR4) ganhava 0,33 por cento, e PETROBRAS ON (SA:PETR3) cedia 0,13 por cento, em sessão negativa para os preços do petróleo no exterior.
- ITAÚ UNIBANCO PN (SA:ITUB4) subia 0,87 por cento, enquanto BRADESCO PN (SA:BBDC4) ganhava 0,85 por cento, exercendo as principais influências positivas do Ibovespa, dado o peso que os papeis possuem em sua composição.