Por David Shepardson e Diane Bartz
WASHINGTON (Reuters) - Um juiz norte-americano, responsável pelo processo antitruste do Departamento de Justiça dos Estados Unidos que acusa o Google (NASDAQ:GOOGL) de manter monopólios ilegais no mercado de buscas na Internet, manteve as principais alegações feitas pelo governo federal.
O Google havia pedido um julgamento sumário de todas as reivindicações do governo no caso.
O juiz Amit Mehta, de Washington, em uma decisão tornada pública nesta sexta-feira, atendeu ao pedido do Google em alguns aspectos, mas permitiu que o restante das alegações seguisse para julgamento no próximo mês.
O Departamento de Justiça processou o Google em 2020, acusando a empresa de 1,6 trilhão de dólares de usar ilegalmente sua força de mercado para prejudicar rivais no maior desafio ao poder e influência das gigantes de tecnologia desde que processou a Microsoft (NASDAQ:MSFT) em 1998.
Mehta também está apreciando um processo movido contra o Google pelos procuradores-gerais de 38 Estados e territórios.
O Google disse nesta sexta-feira que apreciou a "avaliação cuidadosa e a decisão do tribunal de rejeitar as alegações relacionadas ao design da Busca do Google" no caso movido pelos procuradores-gerais.
"Esperamos mostrar no julgamento que a promoção e distribuição de nossos serviços é legal e pró-competitiva", acrescentou o Google.
O Google nega qualquer irregularidade em ambos os casos.
O procurador-geral de Connecticut, William Tong, elogiou a decisão de permitir que o processo antitruste sobre o mecanismo de pesquisa do Google do Estado prossiga para julgamento.
"O Google abusou de seu domínio para inflar seus próprios lucros às custas de empresas norte-americanas e violando as leis antitruste", disse Tong.