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SLC antecipa compra de insumos e desenha safra com custo mais baixo para 2023/24

Publicado 08.03.2023, 20:49
Atualizado 08.03.2023, 21:55
© Reuters.
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Por Nayara Figueiredo

SÃO PAULO (Reuters) - Diante de oportunidades de queda nos preços principalmente de fertilizantes, a SLC Agrícola (BVMF:SLCE3) antecipou a compra de insumos e já adquiriu cerca de 50% dos adubos necessários para a próxima safra, que se inicia em setembro, na tentativa de chegar à 2023/24 com custos de produção menores que os do ciclo atual.

Em entrevista à Reuters nesta quarta-feira, o presidente da companhia, Aurélio Pavinato, disse que a empresa tem aproveitado os bons momentos do mercado.

"Normalmente, estaríamos no patamar de 25% a um terço dos insumos comprados (nesta época do ano), e esse ano, em função dessa dinâmica do mercado, acabamos avançando nas compras", disse ele.

Em 2022, majoritariamente no primeiro semestre, os preços dos fertilizantes foram fortemente impulsionados pela guerra entre Rússia e Ucrânia, que trouxe incertezas sobre a oferta global do produto. O Brasil importa em torno de 85% de seu consumo de adubos e os russos são os maiores fornecedores.

À medida que os produtores continuaram a receber o insumo mesmo em meio à guerra, as cotações foram arrefecendo, mas já era tarde para que esse impacto fosse sentido na safra 2022/23.

"Estamos na expectativa de formar um custo de produção menor do que na safra atual", disse Pavinato.

Segundo o balanço da SLC, foram adquiridos 68% da demanda dos fosfatados, 50% do cloreto de potássio, 41% do volume de nitrogênio e 50% da necessidade de glifosato para 2023/24.

"Em média, consideramos que a compra está em 50% do que precisamos", comentou o presidente.

CICLO ATUAL

Pavinato disse que a temporada de 2022/23 é considerada uma safra cara, com fretes e outras despesas também pesando sobre a companhia além dos insumos comprados no ano passado. Porém, a SLC já comercializou em torno de 60% da produção esperada para soja, o milho e o algodão, a preços melhores que podem compensar os gastos.

De acordo com o balanço, a soja vendida pela SLC neste ciclo até 22 de fevereiro tem preço médio de 14,64 dólares por bushel, contra 14,55 na safra de 2021/22. Para o algodão, o preço chegou a 91,32 centavos de dólar por libra-peso, versus 77,26 centavos no mesmo comparativo. No milho, a média é de 62,37 reais por saca, ante 57,22 reais um ano antes.

Na lavoura, houve um atraso na colheita da soja que desencadeou mudanças na programação de plantio da segunda safra. Para evitar perdas de produtividade, a companhia reduziu 5,2% da área de algodão que foram transferidos para o milho. Também por motivação de preços, a área de cereal será 6,9% maior do que o planejado inicialmente.

"O plantio do algodão foi até a primeira semana de fevereiro, o que a gente considera aceitável... O milho de Mato Grosso ficou todo em fevereiro e devemos concluir até 10 de março o plantio em Mato Grosso do Sul e no Maranhão", disse ele.

Neste cenário, a projeção é de rendimentos positivos para a companhia no ano.

"E por isso nossa expectativa para 2023 é novamente ter um ano muito bom para a empresa. Devemos ter produtividades melhores nas três culturas, preços superiores e aumento de custos que serão compensados."

BALANÇO

© Reuters. Produção de soja
08/03/2023
REUTERS/Jorge Adorno

A SLC registrou lucro líquido de 132,4 milhões de reais no quarto trimestre de 2022, queda de 31,4% ante igual período do ano anterior, mas alcançou um recorde no lucro anual de 1,34 bilhão de reais, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado alcançou 589,6 milhões de reais no trimestre, aumento de 2,2 no mesmo comparativo.

No ano passado, o Ebitda ajustado consolidado foi de 3,05 bilhões de reais, versus 1,6 bilhão em 2021.

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