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Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O navio plataforma da Petrobras Almirante Tamandaré, o maior produtor já colocado em operação pela companhia, alcançou sua capacidade máxima de 225 mil barris por dia três meses antes da data prevista, no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, informou a petroleira em comunicado nesta sexta-feira.
A vazão máxima foi atingida ainda com apenas cinco dos oito poços produtores previstos e 179 dias após o início da produção, que ocorreu em fevereiro.
O feito confirma a expectativa de que Búzios seja, em breve, o maior campo em produção da Petrobras, ultrapassando Tupi, em operação na mesma bacia, segundo o comunicado.
A empresa prevê superar nesse campo, até 2030, o marco de 1,5 milhão de barris/dia.
"Alcançamos outro patamar de produtividade, só possível em campos como o de Búzios", disse a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi, em nota.
Para comparação, Baruzzi ressaltou que a capacidade média das plataformas no mundo é em torno dos 150 mil barris por dia de petróleo.
A Petrobras tem buscado acelerar a sua produção e anunciou neste mês prever que sua produção média de petróleo e gás em 2025 deverá ficar próxima da faixa superior da meta traçada para o ano.
Descoberto em 2010, Búzios apresenta dimensões "gigantescas", disse a companhia. "Sua espessura equivale à altura do pão de açúcar e área equivalente a duas vezes o tamanho da Baia de Guanabara".
Tal magnitude do campo permitiu que a Petrobras buscasse também maiores unidades de produção.
"Nessa unidade, além da alta capacidade, focamos em obter mais eficiência e em tecnologias de descarbonização", adicionou Baruzzi.
Entre as tecnologias citadas estão o flare fechado, que contribui para redução das emissões de gases de efeito estufa. Há também tecnologias para aproveitamento de calor, que reduzem a demanda de energia adicional para a unidade.
A Petrobras afreta o FPSO Almirante Tamandaré com a SBM Offshore.
O campo de Búzios tem mais cinco plataformas contratadas e em construção para entrada em produção nos próximos anos, sendo três de alta capacidade.
O consórcio de Búzios é composto pela Petrobras, como operadora, a PPSA, como gestora dos contratos de partilha da produção, e as empresas parceiras chinesas CNOOC e CNODC.
(Por Marta Nogueira)